Zezé Gomes recebe visita técnica do Ministério da Saúde, em Hortolândia
Município participa do processo de certificação da eliminação do HIV de mãe para bebê no país e de selo bronze para sífilis; grupo nacional se reuniu com profissionais de saúde da cidade e permanecerá em Hortolândia até quarta-feira
Hortolândia busca conquistar reconhecimento nacional em dois
importantes parâmetros na área da saúde materno-infantil: a certificação da
eliminação da transmissão do vírus HIV de mãe para filho e o selo bronze de
boas práticas na chamada “transmissão vertical” da sífilis (da mãe para o
bebê). Nesta segunda-feira (23), o município foi visitado pela Equipe Nacional
de Validação.
O grupo, que permanecerá na cidade até esta quarta-feira
(25), é formado por quatro representantes do Ministério da Saúde e dois do
Governo do Estado de São Paulo. O comitê foi recebido pelo prefeito José
Nazareno Zezé Gomes (Republicanos), pelo vice Cafu César (PSB), e pelo
secretário de Saúde, Denis José André Crupe, no salão nobre do “Palácio dos
Migrantes”, no Jd. Metropolitan.
No primeiro dia de trabalho, depois de se reunirem com cerca
de 25 profissionais da Secretaria Municipal de Saúde, os técnicos visitaram a
UBS (Unidade Básica de Saúde) Jd. Amanda II. Durante o período de trabalho na
cidade, eles participarão de outras reuniões com a equipe da Vigilância
Epidemiológica de Hortolândia e visitarão o Hospital Municipal e Maternidade
Governador Mário Covas, no Jd. Mirante, e a Vigilância Epidemiológica, no Paço
Municipal.
Segundo o consultor técnico Ítalo Vinícius Albuquerque Diniz,
da CGIST (Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente
Transmissíveis), órgão da DVSA (Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente),
do Ministério da Saúde, a conquista destes selos significará que o município
está no caminho certo e trabalhando corretamente para ajudar o Brasil a
eliminar a “transmissão vertical” do HIV e da sífilis.
“O processo contribui para que o Brasil alcance também esta
meta de eliminação. Mostra que o município está desenvolvendo estratégias
necessárias, tem uma rede materno-infantil estruturada e contribui para que o
Brasil alcance também estes indicadores. É um processo em que os municípios,
junto com os profissionais de saúde, se unem ao Ministério e ao Estado. É um
reflexo de que Hortolândia vem desenvolvendo estratégias necessárias e eficazes
para o enfrentamento das ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e o
fortalecimento da rede de cuidado materno-infantil no município”, explica.
O processo de certificação de Hortolândia teve início em
março deste ano, após mensagem do Ministério sobre os índices locais relativos
à saúde materno-infantil. De acordo com a enfermeira Camila Travassos, da
Vigilância Epidemiológica do município, participar do processo é muito
importante para as equipes profissionais da saúde, pois o trabalho realizado
junto às gestantes e aos bebês é de grande complexidade.
“Todas as nossas gestantes dos anos de 2022 e 2023, que
vivem com HIV, realizaram pré-natal, ou seja, 100% das gestantes. E 100% dessas
gestantes fizeram tratamento com os antirretrovirais, durante a gestação.
Numericamente, foram sete gestantes em 2022 e sete gestantes, também em 2023,
com uma cobertura de 100%. A gente acompanhou esses recém-nascidos do ano de
2022, durante 18 meses, e nenhuma dessas crianças foi contaminada. As crianças
foram expostas, mas não contaminadas. Existe uma complexidade no
acompanhamento, porque a mãe precisa fazer o pré-natal, acompanhamento com
obstetra e com o infectologista. A gente faz todas as ações para que, durante o
pré-natal e no momento do parto, a carga viral desta mãe esteja indetectável.
Então, é muito importante que essa gestante tenha adesão, tanto do pré-natal
quanto do tratamento. Como, neste período, não teve a transmissão vertical, a
gente pode participar desse processo”, ressalta a profissional.
Caso as ações do município sejam validadas pela Equipe
Nacional de Validação, a cerimônia de certificação acontecerá em Brasília, em
dezembro deste ano.
Integram o comitê, como consultores técnicos do Ministério
da Saúde, o enfermeiro Ítalo Vinícius Albuquerque Diniz; a biomédica Priscilla
Evellin dos Santos Martins; a cientista social Fabiana de Oliveira e a
assistente social Denise Pires; como representantes do Governo do Estado, a
enfermeira da GVE-Campinas (Grupo de Vigilância Epidemiológica) Shenia Liane
Pimenta e a bióloga do CRT/SP (Centro de Referência e Triagem) Goher Lima
Gonzalez.
Deixe um comentário