Saúde
Farmácias movimentam milhões em Sumaré e Hortolândia, impulsionadas pela alta do consumo

Moradores de Sumaré e Hortolândia gastam R$ 683,5 mi com medicamento

IPC Maps aponta que consumo de remédios cresce nas duas maiores cidades da região e valor representa um aumento de 3,28%; elevação acompanha tendência nacional, com avanço de 9,5% na compra de fármacos; população envelhece

Paulo Medina | Tribuna Liberal

Moradores de Sumaré e Hortolândia desembolsaram juntos R$ 683,5 milhões só com medicamentos em 2024, de acordo com dados da pesquisa IPC Maps. O valor representa um aumento de 3,28% em relação a 2023, quando o total gasto pelas famílias das duas cidades foi de R$ 661,8 milhões.

Somente em Sumaré, os gastos com remédios passaram de R$ 369,9 milhões em 2023 para R$ 386,6 milhões em 2024, um crescimento de 4,5%. Já em Hortolândia, o avanço foi mais tímido: de R$ 291,9 milhões para R$ 296,9 milhões, o que equivale a uma elevação de 1,68%.

Moradora da região do Remanso Campineiro, em Hortolândia, a atendente Cecília Lima, de 29 anos, afirma que gasta cerca de R$ 300 por mês com medicamentos. “Compro remédios de pressão alta, para refluxo e para meu filho que tem bronquite, então são tratamentos frequentes que faço e esse valor já pesa no meu orçamento”, contou.

O cenário é de alta no consumo de medicamentos, refletindo uma tendência observada em todo o país. Em nível nacional, os brasileiros gastaram cerca de R$ 215,8 bilhões com medicamentos em 2024 — alta de 9,5% em relação ao ano anterior. Esse crescimento se deve a uma combinação de fatores, como o aumento da demanda por medicamentos, o envelhecimento da população, maior acesso a planos de saúde e, principalmente, os reajustes de preços aplicados ao setor.

O impacto deve ser ainda mais significativo neste ano, quando entraram em vigor novos reajustes de preços. O Estado de São Paulo lidera o ranking nacional de consumo, com R$ 61,3 bilhões movimentados somente em 2024. No entanto, o Distrito Federal foi o destaque em crescimento percentual, com uma alta de 25,9% nos gastos com medicamentos, totalizando mais de R$ 3,8 bilhões.

Além do aumento nos gastos, o setor farmacêutico também cresce em número de estabelecimentos. De acordo com o IPC Maps, nos últimos dois anos foram abertas mais de 4.200 farmácias no Brasil, um crescimento de 3,5%, totalizando 123.565 unidades em funcionamento até o fim do ano passado.

O IPC Maps é um estudo nacional realizado anualmente pela IPC Marketing Editora, que mensura o potencial de consumo de todos os municípios do país. A metodologia se baseia em dados oficiais e permite a análise detalhada de diversas categorias de consumo por localidade, classe social e setor econômico, permitindo comparações entre regiões e municípios em diferentes períodos.


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