Política
Nova secretaria está repleta de atribuições voltadas à proteção, inclusão e valorização das mulheres

Secretaria da Mulher tem missão de monitorar indicadores sociais e combater violência em Sumaré

Aprovada dentro da reforma administrativa proposta pelo prefeito Henrique do Paraíso, a nova Secretaria Municipal da Mulher e da Família vai articular políticas públicas de inclusão e fortalecer redes de proteção e apoio; pasta também será responsável por estimular mulheres na vida pública

Paulo Medina | Tribuna Liberal

De forma inédita, Sumaré terá a Secretaria Municipal da Mulher e da Família. A medida faz parte do projeto de reforma administrativa iniciado pelo prefeito Henrique do Paraíso (Republicanos) e aprovado pela Câmara Municipal nesta semana.

Com uma estrutura multifacetada, a nova secretaria nasce com a missão de formular e coordenar políticas públicas que promovam a igualdade de gênero, o fortalecimento dos vínculos familiares e a proteção de grupos vulneráveis, como crianças, adolescentes, idosos, pessoas com deficiência e mulheres em situação de violência. Além disso, terá como uma de suas atribuições monitorar indicadores sociais ligados à condição feminina no município e fomentar a participação das mulheres na vida pública e política da cidade.

A pasta também será responsável por implantar e gerenciar programas e projetos que integrem diversos setores da administração municipal, atuando em articulação com secretarias de Saúde, Educação, Assistência Social e demais órgãos, para garantir a efetividade e o alcance das ações planejadas.

Entre as principais tarefas estão a coordenação de ações de combate à violência contra a mulher, promoção da cidadania, incentivo à autonomia econômica e capacitação profissional feminina, apoio a mulheres em situação de vulnerabilidade e fortalecimento de redes de proteção social.

A secretaria também deverá atuar na gestão de centros de atendimento à mulher, promoção da qualidade de vida familiar e estímulo à maternidade e paternidade responsáveis. A nova estrutura municipal também prevê parcerias com entidades públicas e privadas, criação de conselhos e fóruns de debate sobre políticas para mulheres e famílias, elaboração de relatórios sobre a eficácia das ações implementadas e representação do município em conferências e encontros temáticos.

Com esse escopo abrangente, a expectativa da administração é que a secretaria atue como um ponto de articulação para políticas sociais interseccionais, contribuindo para reduzir desigualdades e ampliar direitos.

Ao concentrar e especializar essas funções em uma estrutura própria, o governo municipal pretende dar mais visibilidade às demandas das mulheres e ampliar a resposta institucional diante de desafios sociais complexos, como a violência doméstica, a desigualdade de oportunidades e o abandono familiar. O projeto é considerado um marco na reorganização da máquina pública municipal.

Prova da violência

A nova pasta surge em um momento em que a região registrou aumento de 13,1% no número de medidas protetivas concedidas pela Justiça. No início deste ano, segundo dados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), foram 95 medidas concedidas pelos juízes da região, contra 84 no mesmo mês de 2024. Com esses números, Sumaré, Hortolândia, Nova Odessa, Paulínia e Monte Mor contabilizam três medidas protetivas concedidas a cada 24 horas, evidenciando a crescente demanda pela proteção de vítimas de violência doméstica. Somente em janeiro, a Justiça de Sumaré liberou 11 medidas protetivas em 30 dias.

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