Deputada Ana Perugini diz que pedágios não podem impedir desenvolvimento da RMC
Garantir que os pedágios não comprometam o desenvolvimento dos municípios é um dos desafios da RMC (Região Metropolitana de Campinas), de acordo com a deputada estadual Ana Perugini (PT), vice-presidente da Comissão de Assuntos Metropolitanos e Municipais da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Criado pela Lei Complementar 870/2000, o bloco formado por
20 cidades completou 25 anos no último dia 19 de junho. Ao avaliar os 25 anos
da RMC, a parlamentar manifestou preocupação com a expansão de pedágios na
região de Campinas e no Estado.
“Nessa legislatura, demos um passo histórico no Parlamento
ao aprovarmos a implantação do Trem Intercidades. Mas, por outro lado, chamamos
a atenção para a necessidade de discutirmos a expansão de praças de pedágio.
Isso eleva o custo da produção e comercialização. Os pedágios não podem ser
muros que impeçam a integração e o desenvolvimento entre as cidades da RMC”,
afirmou a deputada.
Ana Perugini também citou demandas urgentes ligadas ao
transporte público. “Principalmente, em relação ao tempo de espera nos pontos
de ônibus, provocado pela redução de linhas e veículos. A população e seus
representantes têm o direito de cobrar melhorias”, disse.
A vice-presidente da Comissão de Assuntos Metropolitanos da
Alesp destacou o poder econômico da RMC, que registrou alta de 3,2% em seu PIB
(Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre deste ano. Esse patamar é maior
que o alcançado por 21 estados brasileiros e o Distrito Federal. Neste período,
o PIB da região foi de R$ 105,3 bilhões.
“Nosso desafio é garantir que parte dessa riqueza seja
revertida em políticas públicas que melhorem a qualidade de vida, que
fortaleçam a rede pública de saúde; melhorem a estrutura das escolas, a
qualidade do ensino e ampliem a inclusão; garantam transporte público
eficiente, desenvolvimento sustentável e o combate à fome e a todas as formas
de violência”, reforçou a deputada Ana Perugini.
A deputada também ressaltou que é preciso discutir a
preservação de mananciais e rios que compõem as bacias hidrográficas e
alternativas para produção de água. Hoje, parte da Grande São Paulo e a região
de Campinas, por exemplo, dependem do Sistema Cantareira, construído nos anos
1970, para o abastecimento doméstico e industrial.
“Quanto à questão hídrica, de modo concreto, propusemos
através do Projeto de Lei 713/2024 a criação da Área de Preservação Ambiental
da Serra dos Cocais. Esta APA abrange uma área de 13,3 mil hectares, situada
entre as cidades de Itatiba, Louveira, Valinhos e Vinhedo e, entre outros
benefícios, contém cavernas, nascentes e ribeirões que são fundamentais para o
abastecimento da RMC”, completou a parlamentar.
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