Política
Proposta de Danilo Barros enfrenta desigualdades étnico-raciais no município

Danilo Barros apresenta Conselho de Igualdade Racial para Paulínia

Novo órgão avaliado pelos vereadores terá missão de debater e propor políticas públicas contra o racismo, intolerância religiosa e desigualdades sociais, econômicas, institucionais e culturais

Paulo Medina | Tribuna Liberal

O prefeito de Paulínia, Danilo Barros (PL), propôs uma nova legislação que institui o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (COMPIR Paulínia), marcando um passo no enfrentamento das desigualdades étnico-raciais no município.

A proposta, analisada pelos vereadores, cria, além do conselho, o Fundo Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (FUMPPIR), que será responsável por financiar ações voltadas à promoção da equidade racial.

Com caráter deliberativo, consultivo, fiscalizador e monitorador, o COMPIR será composto por 18 membros titulares e igual número de suplentes, divididos paritariamente entre representantes do poder público e da sociedade civil organizada. O novo órgão terá como missão discutir e propor políticas públicas que combatam o racismo, a intolerância religiosa e as desigualdades sociais, econômicas, institucionais e culturais.

Entre as competências do conselho estão: contribuir para a formulação de políticas públicas setoriais para a população negra, desenvolver estudos sobre as condições sociais da comunidade negra, zelar pela diversidade cultural, acompanhar denúncias de discriminação e emitir relatórios anuais sobre suas atividades. O COMPIR também terá autonomia administrativa e não estará sujeito a influências político-partidárias.

O Fundo Municipal de Promoção da Igualdade Racial, por sua vez, será alimentado por recursos do orçamento municipal, doações, repasses da União, Estado e órgãos internacionais, além de valores provenientes de condenações judiciais. O objetivo é garantir suporte financeiro às ações desenvolvidas no âmbito do COMPIR e às políticas públicas voltadas à promoção da igualdade racial.

A primeira formação do conselho será feita por meio de assembleia pública, convocada especialmente para esse fim. Os conselheiros eleitos terão mandato de dois anos, sendo que a mesa diretora será composta por representantes do poder público e da sociedade civil, com alternância de liderança para garantir diversidade e representatividade.

“A proposição busca consolidar o compromisso da Administração Municipal com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, a partir do reconhecimento da importância de políticas públicas que promovam a equidade racial. O Conselho, com sua composição plural e representativa, terá o papel de formular, acompanhar e fiscalizar a execução de políticas públicas sobre o assunto. Já o Fundo Municipal servirá para a implementação das políticas e ações necessárias ao enfrentamento das desigualdades estruturais”, argumenta o prefeito.

 

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