OAB Sumaré alerta para golpe do PIX pelo WhatsApp e orienta moradores
Fraude está cada vez mais sofisticada no meio jurídico, uma vez que golpistas acessam informações públicas de processos e se passam por advogados ou representantes de escritórios
Paulo Medina | Tribuna Liberal
A Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Sumaré
alerta sobre o aumento de golpes praticados via WhatsApp, conhecidos como o
“golpe do PIX”. Esse tipo de fraude tem se tornado cada vez mais sofisticado,
explorando a confiança das vítimas e utilizando engenharia social para obter
transferências indevidas ou informações confidenciais.
O golpe tem se destacado no meio jurídico, especialmente em
casos onde os golpistas acessam informações públicas de processos judiciais
para se passar por advogados ou representantes de escritórios. Eles utilizam
essas informações para enganar clientes e convencê-los a realizar
transferências sob falsas justificativas.
Os golpistas utilizam diferentes abordagens, incluindo a
clonagem ou invasão de WhatsApp, onde hackeiam o número do advogado ou
escritório, passando-se pelo profissional; o uso de números falsos, criando
contas de WhatsApp com fotos e logotipos de escritórios de advocacia para
enganar os clientes; e o acesso a dados de processos públicos, utilizando
informações disponíveis nos processos judiciais para ganhar a confiança das
vítimas e solicitar pagamentos indevidos.
A OAB orienta que os clientes fiquem atentos e adotem
medidas preventivas, como confirmar qualquer solicitação de pagamento
diretamente com o advogado, pelos contatos oficiais informados no contrato de
prestação de serviços; não realizar transferências antes de verificar a
autenticidade do pedido; e, em caso de golpe, reunir evidências como prints das
conversas e números utilizados pelos criminosos, além de registrar Boletim de
Ocorrência.
A OAB também recomenda que os advogados documentem todas as
comunicações com os clientes e os orientem sobre possíveis golpes, notifiquem
as autoridades competentes registrando Boletim de Ocorrência e encaminhem as informações
à OAB/SP, e divulguem amplamente os contatos oficiais do escritório para evitar
confusões. Além disso, a entidade sugere que os advogados orientem os clientes
sobre os riscos e insiram cláusulas nos contratos destacando os meios de
comunicação legítimos.
Em cartilha, a OAB enfatiza que a prevenção é a maneira mais
eficaz de evitar esses golpes. Entre as ações recomendadas estão informar
regularmente os clientes sobre a ocorrência de fraudes, publicar alertas em
redes sociais e canais de comunicação do escritório e esclarecer que não são
solicitados pagamentos prévios por mensagens ou telefone sem uma consulta
direta e formal.
A OAB ainda orienta os advogados a reportarem os golpes
tanto às autoridades policiais quanto à entidade de classe, para que as
denúncias possam subsidiar ações mais amplas de fiscalização e prevenção.
Documentos necessários para a denúncia incluem o Boletim de Ocorrência, prints
de conversas e informações detalhadas sobre os envolvidos.
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