Política
Prefeitura de Monte Mor possui dívida com empresa de ônibus desde o governo passado

Prefeito de Monte Mor terá de explicar forma de custeio do Tarifa Zero

Vereadora Wal da Farmácia (PSB) pede detalhes de como governo Murilo Rinaldo está pagando dívida inicial de R$ 2,5 milhões com transporte público urbano e se nova gestão pretende manter ou revogar o benefício municipal

Paulo Medina | Tribuna Liberal

O prefeito de Monte Mor, Murilo Rinaldo (PP), terá de apresentar informações detalhadas sobre a forma de custeio do programa Tarifa Zero no transporte público municipal. A cobrança foi feita pelo requerimento 8/2025, da vereadora Wal da Farmácia (PSB).

A parlamentar solicita que a prefeitura esclareça 13 pontos sobre a execução da Lei Municipal 3.157/2023, que instituiu o Tarifa Zero e criou o Fundo Municipal de Transporte Urbano (FMTU) para viabilizar financeiramente a gratuidade das passagens do transporte coletivo urbano. Entre os questionamentos estão a confirmação da criação do Fundo, as fontes de recursos utilizadas atualmente para manter o benefício, e se a nova administração pretende dar continuidade ou revogar o programa.

Wal da Farmácia defende que o transporte gratuito é fundamental para a população mais vulnerável. “Precisamos saber se a lei está sendo cumprida de fato. A gratuidade foi implantada, mas outros pontos essenciais, como o funcionamento do Fundo e do Conselho de Fiscalização, ficaram pendentes na gestão anterior”, afirmou a parlamentar.

A parlamentar relata a existência de dívida herdada da gestão passada junto à empresa de transporte. No final de janeiro, o Tribuna Liberal noticiou que o programa Tarifa Zero deixou uma dívida de R$ 2,5 milhões com a empresa responsável pelo transporte público da cidade.

O líder de governo Bruno Leite (União Brasil) afirma que, embora o Tarifa Zero seja uma boa iniciativa, foi implementado de maneira “eleitoreira” e sem planejamento financeiro adequado. “O município arrecada pouco para repassar à empresa, e deve milhões. A conta simplesmente não fecha”, afirmou o vereador, defendendo que uma nova discussão seja realizada sobre o futuro do programa.

Wal da Farmácia rebate Leite e nega motivações eleitorais, dizendo que o projeto foi elaborado ainda em 2023, com estudos técnicos desenvolvidos por mais de um ano. “O problema foi a falta de execução adequada, e não de planejamento. Lutamos para que o programa seja mantido, nem que para isso tenhamos que fazer ajustes nos dias de gratuidade”, reforçou.

O presidente da Câmara, Beto Carvalho (PP), também manifestou apoio à abertura de diálogo com o Executivo. Agora, cabe ao prefeito Murilo Rinaldo encaminhar oficialmente as respostas aos vereadores, esclarecendo se pretende manter o Tarifa Zero e, principalmente, como será feito o financiamento do programa.

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