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Hortolândia possui a melhor qualidade de vida da região, segundo o IPS Brasil 2025

Hortolândia lidera em qualidade de vida entre cidades vizinhas, diz estudo

Em novo relatório nacional publicado oficialmente pelo IPS Brasil, município supera Paulínia, Nova Odessa, Sumaré e Monte Mor em levantamento que mede o bem-estar da população com base em 57 indicadores sociais e ambientais

Hortolândia é, oficialmente, o município com o maior Índice de Progresso Social (IPS) da região em 2025, segundo o novo relatório publicado pelo IPS Brasil. Com uma pontuação de 68,33, a cidade supera cidades vizinhas como Paulínia (67,8), Nova Odessa (66,04), Sumaré (65,09) e Monte Mor (63,81). O levantamento, considerado o mais completo do país para medir qualidade de vida com foco em dimensões sociais e ambientais, coloca Hortolândia como destaque regional no atendimento às necessidades da população.

O IPS é uma metodologia internacional desenvolvida pelo Social Progress Imperative e adaptada no Brasil por instituições como o Imazon, Fundação Avina e Amazônia 2030. Ele avalia, de forma multidimensional, se as pessoas têm o que precisam para prosperar — indo além de medidas econômicas como o PIB. A edição de 2025 atualizou seus indicadores, com 57 variáveis agrupadas em três grandes dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades.

Segundo o estudo, o desempenho de Hortolândia é resultado de avanços em áreas como moradia, acesso ao conhecimento básico, segurança pessoal e qualidade do meio ambiente. Tais componentes estão entre os mais bem avaliados no índice nacional e têm forte peso na composição da nota final. A cidade também se beneficia de políticas públicas integradas, com foco em inclusão social e gestão de serviços essenciais.

Embora ainda haja desafios, especialmente no componente de oportunidades, que mede inclusão e igualdade, o resultado coloca Hortolândia à frente de cidades com maior PIB per capita, como Paulínia. Em nível nacional, o IPS Brasil 2025 aponta uma pontuação média de 61,96. A melhor avaliação ficou com a dimensão Necessidades Humanas Básicas, com média 74,79, enquanto a dimensão Oportunidades, que avalia igualdade, inclusão e acesso a direitos, obteve a pior média, 46,07.

Entre os destaques positivos estão os componentes Moradia (87,74) e Nutrição e Cuidados Médicos Básicos, enquanto Direitos Individuais (32,41) e Educação Superior (47,39) estão entre os mais críticos. O relatório também aponta contradições regionais: enquanto a Amazônia Legal enfrenta graves desafios ambientais, estados do Sul e Sudeste — apesar de mais desenvolvidos economicamente — apresentam fragilidades em saúde e bem-estar.

NOVA BÚSSOLA

O IPS Brasil é uma ferramenta que transforma dados públicos em indicadores acionáveis para gestores públicos, investidores sociais e organizações da sociedade civil. Ao focar exclusivamente em resultados sociais e ambientais, o índice permite identificar desigualdades e orientar políticas públicas com mais precisão.

Diferentemente de índices econômicos como o PIB (Produto Interno Bruto) e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), o IPS mede diretamente resultados sociais e ambientais, funcionando como bússola para gestores. “O IPS permite visualizar desigualdades que não são explicadas apenas por indicadores econômicos. Municípios com PIB semelhante apresentam, muitas vezes, desempenhos muito distintos no índice, o que reforça a importância de políticas públicas voltadas ao bem-estar social de forma integrada. Com o IPS, é possível identificar onde as políticas públicas estão funcionando e onde é necessário intervir com mais urgência. Ele transforma dados complexos em um retrato claro e comparável entre municípios e estados”, afirma Melissa Wilm, coordenadora do IPS Brasil.

País falha em garantir oportunidades iguais, diz coordenador do IPS Brasil

O IPS Brasil 2025 é composto por 57 indicadores secundários de fontes públicas que são exclusivamente sociais, ambientais e que medem resultados, não investimentos. Essas variáveis foram agregadas em um índice geral, com nota de 0 a 100, e índices para 3 dimensões (Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades) e 12 componentes (Nutrição e Cuidados Médicos Básicos, Água e Saneamento, Moradia, Segurança Pessoal, Acesso ao Conhecimento Básico, Acesso à Informação e Comunicação, Saúde e Bem-estar, Qualidade do Meio Ambiente, Direitos Individuais, Liberdades Individuais e de Escolha, Inclusão Social e Acesso à Educação Superior).

“Apesar de alguns avanços, os dados mostram que o Brasil ainda falha em garantir oportunidades iguais para todos, especialmente para os mais vulneráveis”, afirma Beto Veríssimo, coordenador do IPS Brasil.  

Comparativo Regional

Município           IPS 2025

Hortolândia.........68,33

Paulínia................67,80

Nova Odessa.......66,04

Sumaré............... 65,09

Monte Mor..........63,81

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