Estado oficializa escolas de Sumaré, Hortolândia e Nova Odessa como cívico-militares a partir de julho
EE Marinalva Gimenes Colossal da Cunha, do Parque Jatobá, em Sumaré, EE Yasuo Sasaki, do Santa Esmeralda, em Hortolândia, e EE Professora Silvania Aparecida Santos, do Santa Luíza, em Nova Odessa, entram em novo modelo
Paulo Medina | Tribuna Liberal
O governo do Estado de São Paulo oficializou nesta
segunda-feira (28) a lista das 100 escolas selecionadas para integrar o novo
modelo de ensino cívico-militar, que será implantado a partir de julho deste
ano. Entre as unidades escolhidas, estão escolas estaduais de Sumaré,
Hortolândia e Nova Odessa.
As escolas selecionadas são a EE Marinalva Gimenes Colossal
da Cunha, localizada no Parque Jatobá, em Sumaré, a EE Yasuo Sasaki, no Jardim
Santa Esmeralda, em Hortolândia, e a EE Professora Silvania Aparecida Santos,
no Jardim Santa Luíza, em Nova Odessa.
A seleção foi realizada entre 132 unidades que se
candidataram ao programa. Como o número de escolas que aprovaram a adesão
superou a meta inicial de 100 unidades estabelecida pelo governo estadual, a
definição da lista final seguiu critérios específicos, como a existência de
pelo menos uma escola por município, o Índice Paulista de Vulnerabilidade
Social (IPVS) e o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado
de São Paulo (IDESP).
A escolha também considerou o resultado de uma votação
interna feita com a comunidade escolar — envolvendo pais, estudantes,
professores e funcionários — para garantir o apoio local à mudança de modelo.
Nos últimos dias, as escolas estaduais de Sumaré, Hortolândia
e Nova Odessa participaram de nova etapa de consulta pública para decidir sobre
a adoção do modelo cívico-militar de ensino. A primeira fase da votação,
realizada entre os dias 17 e 31 de março, não alcançou o quórum mínimo exigido,
o que levou a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo a iniciar uma nova
rodada de votação. Participaram da consulta pais, responsáveis, alunos maiores
de idade, professores e funcionários das escolas envolvidas.
O modelo cívico-militar propõe uma gestão escolar com o
objetivo de promover disciplina, melhorar o desempenho educacional e fortalecer
valores como civismo e respeito à autoridade.
APROVAÇÃO EM SUMARÉ
Em 18 de março, a Câmara de Sumaré deu seu aval à proposta
do prefeito Henrique do Paraíso (Republicanos), que institui o Programa Escola
Cívico-Militar nas escolas de educação básica do município. Dentre as
diretrizes do programa estão a melhora da qualidade do ensino, conforme os
indicadores oficiais; a administração eficaz da escola, realizada conforme normas
da Secretaria Municipal de Educação; e a promoção de atividades
extracurriculares que estimulem o desenvolvimento cívico dos estudantes.
O programa servirá como um complemento às iniciativas
voltadas para o aprimoramento da qualidade da educação básica, sem que isso
resulte no fechamento ou na substituição de outros projetos educacionais já
existentes. As atividades cívico-militares extracurriculares incluídas serão
determinadas pela Secretaria de Educação.
PREVISÃO É QUE 50 MIL ESTUDANTES SEJAM ATINGIDOS
A previsão do governo paulista é que 50 mil alunos sejam
inseridos no modelo cívico-militar no Estado. A votação a favor do modelo foi
contabilizada quando a escola alcançou o quórum mínimo (50% mais um) e
registrou, pelo menos, 50% mais um dos votos válidos. Cada voto foi computado
apenas uma vez.
O programa será implantado em unidades de 89 municípios
paulistas, incluindo a capital, região metropolitana, litoral e interior.
Desses 89, 80 são cidades com IDH abaixo da média estadual e 37 estão abaixo da
média nacional. As escolas integram 60 Diretorias de Ensino (DEs), que
representam 65% das DEs.
As escolas cívico-militares seguirão o Currículo Paulista, definido pela Secretaria da Educação. O Estado também será responsável pelo processo de seleção dos monitores. Caberá à Secretaria da Segurança Pública apoiar a Secretaria da Educação no processo seletivo e emitir declarações com informações sobre o comportamento e sobre processos criminais ou administrativos, concluídos ou não, em que os candidatos a atuar como monitores nessas unidades de ensino possam estar envolvidos.
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