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Luana Bornia é advogada e pós-graduada em Direito Previdenciário

Coluna Justiça em Foco – Por Luana Bornia*

INSS negou a revisão do seu benefício? Entenda o que fazer e como garantir seus direitos

Milhares de brasileiros têm buscado o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para revisar seus benefícios previdenciários — seja por erro no cálculo da aposentadoria, inclusão de tempo especial ou reconhecimento de contribuições. No entanto, nem sempre o resultado é positivo: a maioria dos pedidos é negada ou fica sem resposta por meses. E agora, o que fazer?

REVISÃO ADMINISTRATIVA X REVISÃO JUDICIAL: QUAL A DIFERENÇA?

Inicialmente, é importante compreender que existem dois caminhos para solicitar uma revisão de benefício: o administrativo e o judicial. Cada um tem suas características, vantagens e limitações.

A revisão administrativa é feita diretamente junto ao INSS, por meio do aplicativo Meu INSS, pelo site oficial ou em uma agência. É um processo menos burocrático e, em tese, mais rápido. Porém, nem sempre o pedido é analisado corretamente ou com profundidade.

Já a revisão judicial ocorre quando o pedido administrativo é negado ou não há resposta dentro do prazo legal (que é de até 90 dias, segundo o artigo 49 da Lei 9.784/1999). Nesse caso, o cidadão pode recorrer à Justiça para que um juiz analise seu caso e determine a correção do benefício. A via judicial é mais demorada, mas costuma apresentar maior índice de êxito.

QUANDO VALE A PENA RECORRER À JUSTIÇA?

Casos comuns de revisão judicial envolvem:

- Inclusão de tempo especial não reconhecido pelo INSS (como trabalho com exposição a agentes nocivos);

- Erro no cálculo da média salarial;

- Recolhimentos feitos em atraso que não foram considerados;

- Reconhecimento de tempo rural ou como trabalhador autônomo.

É importante lembrar que o prazo para pedir a revisão é de 10 anos, contados a partir do primeiro pagamento do benefício.

EVITE ERROS: PROCURE ORIENTAÇÃO ESPECIALIZADA

Cada caso é único e deve ser avaliado com cuidado. Muitos beneficiários acabam desistindo do processo por não entenderem os caminhos legais, ou pior: perdem prazos e direitos por falta de orientação adequada.

O benefício previdenciário é, muitas vezes, a principal fonte de renda de milhões de brasileiros. Garantir que ele seja pago corretamente é um direito, não um favor. Se você suspeita que há erro no valor ou tempo de contribuição, não adie: busque ajuda especializada e lute pelo que é seu.

Você gostou deste conteúdo? Para mais informações, continue acompanhando nossa coluna semanal. Tenha um excelente sábado!

Luana Bornia é advogada, pós-graduada em Direito Previdenciário (RGPS) e Prática no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), e pós-graduanda em Aposentadoria Especial. Atua como advogada previdenciária no renomado escritório Andressa Martins Advocacia, localizado na cidade de Sumaré há mais de 17 anos.

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End.: Rua Ipiranga, 234, Centro, Sumaré / SP

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