Saúde
Gestante recebe dose de vacina contra o vírus influenza em unidade básica de saúde de Hortolândia

Vacinação contra gripe registra baixa adesão de grupos prioritários na região

Na área de abrangência do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) Campinas, que inclui os municípios de Sumaré, Nova Odessa, Hortolândia, Monte Mor e Paulínia, somente 44,5% da população de idosos, gestantes e crianças acima de seis meses tomaram a vacina, informa a Secretaria de Estado da Saúde; meta é chegar a 90%

Além de temperaturas mais baixas, a temporada de inverno traz, também, o aumento dos casos de doenças respiratórias como a gripe. Embora a vacinação anual seja a melhor forma de prevenção, nem sempre a população atende ao chamado constante das autoridades de saúde para tomar a vacina e se proteger da gripe.

A adesão à campanha de imunização contra o vírus influenza ainda é baixa entre as pessoas que fazem parte do grupo prioritário (idosos, crianças acima de 6 meses e gestantes). Na área de abrangência do Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) Campinas, que inclui os municípios de Sumaré, Nova Odessa, Hortolândia, Monte Mor e Paulínia, somente 44,5% da população prioritária tomaram a vacina, informa a SES (Secretaria de Estado da Saúde).

O imunizante está disponível, gratuitamente, nas unidades básicas de saúde da região. Mesmo assim, o percentual de pessoas vacinadas está bem abaixo da meta de cobertura a ser alcançada, que é de 90% do público prioritário. Para essa população, a aplicação da vacina começou no dia 28 de março. No Estado de São Paulo, a vacinação contra influenza foi ampliada para toda a população acima dos 6 meses de idade nos 645 municípios paulistas, desde o último dia 20 de maio.

Dona Maria Aparecida, 63 anos, moradora de Hortolândia, já se protegeu. “Todos os anos, vou ao postinho para receber a dose. É uma picadinha só que me previne de gripes fortes o ano todo. Uma beleza”, afirma a empregada doméstica aposentada.

Segundo a SES, até a última quarta-feira (09 de julho) a cobertura vacinal contra influenza foi de 43,2% para os grupos prioritários em todo o Estado. Na região de Campinas, a cobertura foi de 44,5%. Neste ano, o imunizante que protege contra o vírus influenza foi incorporado ao Calendário Básico de Vacinação, conforme preconizado pelo MS (Ministério da Saúde).

“A SES reforça que os grupos prioritários devem se vacinar o quanto antes, pois são mais suscetíveis ao desenvolvimento de formas graves da doença”, diz nota da Secretaria, por meio da Assessoria de Imprensa.

Além da vacina, a SES recomenda à população tomar os seguintes cuidados para prevenir doenças respiratórias: ao tossir e espirrar, cobrir a boca com a parte interna do braço; higienizar adequadamente as mãos com água, sabão e álcool em gel. Em caso de sintomas, é necessário procurar a unidade de saúde mais próxima.

Mais conhecida como gripe, a influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. Apesar de acometer todas as idades, a doença oferece maior risco para crianças pequenas, pessoas maiores de 60 anos e outros grupos vulneráveis. O vírus Influenza se apresenta nos tipos A, B, C e D. Entre eles, os grandes responsáveis pelas gripes sazonais são os tipos A e B.

DIA D

Para ampliar a cobertura vacinal contra a gripe, os municípios se movimentam. Em Hortolândia, por exemplo, a Secretaria Municipal de Saúde realizou, ontem, o Dia D de vacinação contra a influenza e a campanha de atualização de cadernetas na UBS Santa Clara. A intenção da ação é ampliar o percentual de pessoas imunizadas do grupo prioritário, que está em 42,70%. A meta é atingir 90% de crianças, gestantes e idosos.

“...Estamos vivendo um período com baixas temperaturas, o que favorece a disseminação dos vírus causadores de infecções respiratórias, assim como a gripe e a COVID-19. A transmissão dessas doenças ocorre pelo confinamento e permanência das pessoas em locais fechados e com pouca ventilação. Devemos intensificar as ações de higienização das mãos e atualizar a caderneta de vacinação para prevenção dessas doenças que podem trazer sérias consequências na vida das pessoas, principalmente nos grupos vulneráveis, assim como crianças, gestantes, idosos e portadores de comorbidades”, alerta a enfermeira Ana Paula Fernandes, coordenadora do programa de imunização do município, por meio da Assessoria de Imprensa.

MOTIVOS PARA SE VACINAR CONTRA GRIPE

1. Gripe: mais perigosa do que parece

Embora pareça algo comum, a gripe é uma infecção respiratória aguda causada pelo vírus Influenza que pode evoluir para quadros graves, como pneumonia e síndrome respiratória aguda grave, especialmente em crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades.

2. Atualização anual

O vírus da gripe sofre mutações constantes. Por isso, a vacina é reformulada anualmente com base nas cepas mais recentes em circulação, garantindo maior eficácia.

3. Vacina não causa gripe

Essa é uma dúvida comum, mas a resposta é: não, a vacina da gripe não provoca a doença. O medicamento é feito com vírus inativados, ou seja, mortos, e incapazes de causar infecção. Qualquer mal-estar leve após a aplicação é apenas sinal da resposta do sistema imunológico.

4. Redução do risco de complicações e internações

A vacina não apenas reduz a chance de contrair gripe, ou seja, ela é preventiva, como também diminui a gravidade dos sintomas em caso de infecção.

5. Proteção ao imunizado e quem está ao redor

Quando mais pessoas se vacinam, menor a circulação do vírus. Por isso, a vacina é um ato de cuidado coletivo.

6. Proteção a gestantes e ao bebê

A vacina da gripe é segura durante a gestação e altamente recomendada. A infecção por Influenza pode trazer riscos graves para a saúde da gestante e afetar o bebê, aumentando as chances de complicações respiratórias, aborto e parto prematuro. Além de proteger a mãe, a vacinação durante a gravidez oferece proteção indireta ao recém-nascido nos primeiros meses de vida, período em que ele ainda não pode receber a vacina.

7. Diminuição de falta escolar e no trabalho

Gripe também significa dias perdidos em escolas, faculdades e empregos. A vacina contribui para manter crianças, jovens e adultos ativos em suas rotinas, evitando interrupções causadas pela doença.

8. Disponibilidade gratuita no SUS

A vacina contra a gripe é oferecida gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde do Brasil para os grupos prioritários definidos para a estratégia de vacinação a partir dos 6 meses de idade.

É PRECISO TOMAR DOSE ANUAL DA VACINA, RECOMENDA MS

Segundo o Ministério da Saúde, a vacina contra a gripe precisa ser atualizada anualmente, conforme o desenvolvimento das variações do vírus, que contaminam entre 3 e 5 milhões de pessoas ao redor do mundo de forma grave, conforme dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Como a imunidade da vacina pode diminuir com o tempo, a dose anual é altamente recomendada.

De acordo com o Ministério, todos os anos, a vacina é atualizada para proteger contra os três tipos do vírus influenza com maior circulação. Por isso, o imunizante que está sendo aplicado no Brasil pelo SUS (Sistema Único de Saúde) previne contra a influenza A H1N1 e H3N2 e contra a Influenza B.

A vacina começa a proteger entre duas e três semanas após a aplicação e sua eficácia dura até 12 meses. Por isso, o ideal é se vacinar antes do pico de circulação do vírus, assinala o Ministério.

A estratégia de vacinação contra a influenza tem o propósito de reduzir internações, complicações e óbitos na população-alvo. A vacinação anual é capaz de promover imunidade durante o período de maior circulação dos vírus influenza.                 

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