Treinamento ensina a lidar com seletividade alimentar de crianças autistas em Hortolândia
Da Redação | Tribuna Liberal
A seletividade alimentar é um desafio para pais e
profissionais na rotina de cuidados das crianças com TEA (Transtorno do
Espectro Autista). O que fazer diante da recusa de certos tipos de comidas,
seja pela cor, pelo sabor ou pela textura? A comunicação também se torna
desafiadora quando a criança autista não fala.
Afinal, como se comunicar com quem não fala? Essas e outras
perguntas serão respondidas por profissionais especializados durante o
treinamento “Autismo na Prática: Seletividade Alimentar e Comunicação”, que
será realizado pelo Instituto Unicamente, neste domingo (18), a partir das 9h30,
no Business Park Hotel, em Hortolândia. As inscrições ainda estão abertas e
podem ser feitas pelo link disponível na bio do Instagram
@instituto.unicamente.
Para tratar sobre esses dois temas essenciais no dia a dia
de crianças com TEA, o Instituto Unicamente traz duas palestras: “Desafios na
Alimentação”, que será ministrada por Thaís Ferrari, nutricionista especialista
em TEA; e “Como falar com a criança que não fala?”, tema que será abordado por
Renata Bertagnoli, fonoaudióloga especialista em linguagem, autora do método
Orienta Mamãe para estimulação da fala.
De acordo com a neuropsicóloga infantil Beatriz Filliettaz,
fundadora do Instituto Unicamente, o objetivo do encontro é orientar pais,
educadores e profissionais a lidar, de forma prática e assertiva, com a
seletividade alimentar, comum nas crianças atípicas, e, também, ajudá-los a se
comunicar melhor com autistas não verbais.
“A seletividade alimentar está presente no cotidiano da
criança com TEA e boa parte dos pais não sabe o que fazer quando o filho
atípico só quer comer alimentos de uma determinada cor, textura ou marca e
dispensa o que é diferente. Queremos ajudá-los na tarefa de introduzir
alimentos saudáveis e diversificados nas refeições dos seus filhos de forma
acolhedora e prática, sem traumas”, afirma Beatriz.
Durante a palestra com a nutricionista Thaís Ferrari, os
participantes saberão porque a seletividade alimentar acontece, de que forma
impacta o desenvolvimento da criança autista e o que fazer no dia a dia com os
pequenos para garantir uma alimentação variada.
De acordo com Beatriz, a seletividade alimentar é
caracterizada pela preferência por comer determinados alimentos e a recusa em
experimentar comidas diferentes das quais se está habituado, o que pode causar
carências nutricionais e prejudicar o desenvolvimento da criança com TEA.
A neuropsicóloga explica que essa restrição está presente na
rotina da criança autista por conta de alterações sensoriais e comportamentais,
por isso, deve ser tratada de forma multidisciplinar, com o envolvimento de
profissionais como psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e
nutricionista, além da família.
FALAR COM QUEM NÃO FALA
Outro desafio para os pais é se comunicar com autistas que
não desenvolveram a fala. No encontro, adianta Beatriz, os participantes
entenderão o que é atraso de fala, suas causas e aprenderão ferramentas
práticas para se conectarem e estimularem crianças não verbais. O assunto será
tratado pela fonoaudióloga Renata Bertagnoli, uma das maiores especialistas em
linguagem do Brasil.
“Nosso compromisso é que as crianças com TEA alcancem o seu
melhor desenvolvimento neurocognitivo e social. Para isso, é preciso
proporcionar oportunidades para que familiares e profissionais possam expandir
a compreensão do mundo da criança com TEA e, assim, atender melhor suas
necessidades diárias. É com esse propósito que estamos promovendo o treinamento
Autismo na Prática: Seletividade Alimentar e Comunicação”, destaca Beatriz.
O Instituto Unicamente é uma clínica especializada em
atendimento infantil nas áreas de psicologia, neuropsicologia, psicopedagogia,
fonoaudiologia e terapia ocupacional, com unidades em três cidades da RMC
(Região Metropolitana de Campinas): Campinas, Hortolândia e Monte Mor. O
Instituto trabalha com a terapia ABA, altamente reconhecida para o
desenvolvimento neurocognitivo de crianças com TEA.
Com estrutura moderna e um quadro de profissionais altamente
qualificados, o Instituto Unicamente está preparado para ajudar no
desenvolvimento de crianças com transtornos de aprendizagem, deficiência
intelectual, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), TEA,
dentre outros distúrbios comportamentais, com acolhimento humanizado e
orientação aos familiares.
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