Morte de idosa poderia ser evitada em Monte Mor, diz vizinho
Paulo Medina | Tribuna Liberal
A morte da idosa Nilza Aparecida dos Santos, de 68 anos, no
último dia 11 de abril, após quase um mês sofrendo com fortes dores desde a
queda do telhado, em Monte Mor, poderia ter sido evitada, lamentou um vizinho.
“Ela era uma boa pessoa que perdeu sua vida assim de
bobeira, tudo poderia ser evitado se eles não tivessem liberado ela e tivesse
em observação e feito a tomografia, nesse momento era pra ela estar viva com os
filhos dela, só que não por negligência deles ela perdeu a vida, infelizmente”,
declarou o morador Douglas Oliveira.
A moradora teria sido vítima de um possível caso de
negligência médica no atendimento realizado pela UPA (Unidade de Pronto
Atendimento) João Brischi. Os vereadores pedem a abertura de uma investigação
interna pela prefeitura.
Nilza caiu de uma altura de cerca de três metros no dia 9 de
março, batendo a cabeça, joelho e coluna. Mesmo com dores intensas, foi
liberada após um curativo, um raio-X e a prescrição de medicamentos como
dipirona e ibuprofeno. Nenhuma tomografia foi solicitada à época. A idosa
voltou à UPA em 6 de abril e novamente no dia 7, ainda com dores.
Somente no dia 8, já com agravamento do quadro, foi levada
pela família ao Hospital Municipal de Hortolândia, onde passou por uma
tomografia que revelou um aneurisma cerebral já avançado. A transferência para
o Hospital Estadual Sumaré (HES) foi realizada, mas os médicos já não indicavam
chances de reversão. Nilza faleceu três dias depois.
A Prefeitura de Monte Mor informou que reforça o pedido
feito à empresa Beneficência Hospitalar Cesário Lange, que administra a UPA
João Brischi, sobre a abertura de sindicância interna para investigação dos
fatos ocorridos na unidade. “A Secretaria Municipal de Saúde está empenhada em
verificar a legalidade do atendimento clínico prestado à paciente, por isso
cobra uma resposta da empresa”.
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