Saúde
Nova unidade regional foi viabilizada após articulação e apelo de prefeitos da RMC

Estado apresenta projeto do Hospital Metropolitano ao Conselho da RMC

Conduzido pelo prefeito Dário Saadi, encontro revelou mapeamento dos 400 leitos que serão ofertados em estrutura moderna no Parque Itália, em Campinas, onde está prevista colaboração assistencial em saúde com hospitais da região

O governo do Estado apresentou nesta quarta-feira (23) o projeto técnico do Hospital Metropolitano ao Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC), que concentra os 20 prefeitos da região. O projeto revela o mapeamento dos 400 leitos que serão ofertados em uma estrutura moderna no Parque Itália, em Campinas, onde está prevista sinergia assistencial em saúde com outros hospitais instalados na região.

A previsão é de que a licitação seja lançada até o fim deste ano pelo Estado. Já as obras para construção devem ser executadas no período de 24 meses em uma área que será cedida pela prefeitura e atualmente é usada pelo Departamento de Transportes Interno (Deti).

A reunião foi conduzida pelo prefeito de Campinas e presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC, Dário Saadi (Republicanos), na metrópole. Ele destacou que a prefeitura trabalha na transferência do terreno e destacou a importância da articulação para a região.

“É importante a divisão de leitos porque realmente atende às necessidades mais urgentes. Um dos objetivos é reduzir a fila de especialidades, um dos principais gargalos que a RMC tem, e será um hospital de resolutividade para enfrentar filas na média e alta complexidade”, explicou Dário.

A construção do Hospital Metropolitano foi anunciada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em reunião extraordinária do conselho, em Campinas, no mês de junho. 

A escolha do local foi estratégica por conta da facilidade de acesso e proximidade com outros equipamentos, como Hospital Mário Gatti, Hospital de Amor e Ambulatório Médico de Especialidades (AME). A região terá ainda o Hospital da Mulher.

O Hospital Metropolitano ficará em uma área de 20 mil metros quadrados. A divisão de leitos foi apresentada aos prefeitos e representantes de todos os municípios da RMC pela secretária-executiva de Saúde do Estado, Priscilla Perdicaris.

A regulação de vagas na unidade será realizada pelo sistema Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde), com objetivo de agilizar o atendimento aos pacientes da região. Priscilla comentou que o Estado está atento às outras demandas locais dos municípios e reiterou a previsão de lançamento da licitação do hospital até dezembro.

“Já estamos trabalhando em todo o planejamento fino desse projeto, no plano assistencial e no projeto executivo dele, para que nós possamos licitar ainda neste semestre”, explicou.

O projeto técnico do futuro Hospital Metropolitano prevê uma estrutura especializada, com diversas áreas voltadas ao atendimento clínico, cirúrgico, de urgência e diagnóstico. Na área de clínica médica, o hospital contará com 150 leitos para adultos, além de seis leitos adaptados para portadores de obesidade, seis leitos de isolamento e 20 leitos destinados à saúde mental.

Na clínica cirúrgica, haverá um centro cirúrgico equipado com oito salas de grande porte, aptas a realizar procedimentos de alta complexidade, como cirurgias cardíacas, oncológicas, ortopédicas, neurológicas e bariátricas. Essa ala também contará com 100 leitos adultos, seis leitos para pacientes com obesidade e outros seis de isolamento.

A unidade de terapia intensiva será composta por 47 leitos de UTI adulto, três leitos específicos para portadores de obesidade e 10 leitos de UTI pediátrica.

No setor ambulatorial, haverá 18 consultórios médicos, uma sala de curativo e um consultório odontológico. Além disso, será disponibilizada uma ampla área física voltada à reabilitação pós-cirúrgica, com atendimentos em cardiologia, neurologia, ortopedia, obesidade e oncologia.

O SADT (Serviço de Apoio Diagnóstico Terapêutico) incluirá exames de análises clínicas, anatomopatológicos e diagnóstico por imagem, com equipamentos de raio-x, ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassonografia. Também serão realizados procedimentos de endoscopia e exames por métodos gráficos e dinâmicos.

RADIOTERAPIA

A estrutura de radioterapia será composta por dois aceleradores lineares de fótons e elétrons, uma tomografia com simulação específica para radioterapia e um equipamento de braquiterapia. Já na quimioterapia, serão oferecidas 20 poltronas e quatro leitos hospitalares para o tratamento de pacientes oncológicos.

O Pronto Atendimento Oncológico contará com cinco consultórios médicos, uma sala de curativo, uma sala para pequenos procedimentos, dois leitos de isolamento, duas salas de observação com oito leitos cada (uma feminina e uma masculina), uma sala para pacientes críticos com dois leitos, além de uma sala de inalação e uma de coleta de sangue.

LEITINHO PONDERA QUE ÚLTIMO HOSPITAL ESTADUAL FOI CONSTRUÍDO HÁ 25 ANOS

O prefeito de Nova Odessa, Cláudio Schooder, o Leitinho (PSD), participou nesta quarta-feira (23), em Campinas, de reunião do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas (RMC). O encontro, coordenado pela Agemcamp, tratou do projeto do futuro Hospital Metropolitano. Durante a reunião, o prefeito Leitinho reforçou a importância da iniciativa para a região.

“O último hospital estadual foi construído na região há mais de 25 anos. A população cresceu, envelheceu, e hoje temos grandes dificuldades na fila do Cross, especialmente em áreas como neurocirurgia, neuropediatria e exames de especialidades”, destacou. O projeto é fruto da articulação entre os municípios da RMC, o Governo do Estado de São Paulo e o Ministério da Saúde. 

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