Versão final da revisão do Plano de Saneamento Básico de Nova Odessa é aprovada em Conferência
Documento define as diretrizes que vão nortear as políticas
de abastecimento de água, tratamento de esgoto, gestão dos resíduos sólidos e
drenagem urbana até 2039 e significa um marco para a gestão pública do
município
Da Redação | Tribuna Liberal
Realizada na última quinta-feira (17), a Conferência
Municipal de Saneamento Básico de Nova Odessa reuniu autoridades,
representantes de organizações do Terceiro Setor e lideranças comunitárias
ligadas à questão ambiental, para apresentar a versão final da Revisão do Plano
de Saneamento Básico.
Aprovado pelos presentes com algumas novas indicações
surgidas durante o encontro, o documento define as diretrizes que irão nortear
as políticas de abastecimento de água, tratamento de esgoto, gestão dos
resíduos sólidos e drenagem urbana até 2039, e significa um marco para a gestão
pública do município.
O evento, que aconteceu no auditório do Paço Municipal, foi
organizado pela prefeitura, em parceria com a Coden Ambiental, empresa
municipal dos serviços de saneamento básico na cidade, sendo conduzido pelo
presidente do Comusb(Conselho Municipal de Saneamento Básico), Rean Gustavo
Sobrinho.
Na abertura, o prefeito Cláudio Schooder, o Leitinho (PSD),
lembrou alguns dos esforços do seu governo para garantir a segurança hídrica de
Nova Odessa. “Levamos água encanada à região do Pós-Anhanguera e hoje temos
100% da população atendida pelo sistema de abastecimento. Nesse momento,
estamos apenas aguardando o aval da Cetesb para fazer o desassoreamento dos
trechos críticos do Ribeirão Quilombo e para a construção da nova represa
Recanto 4, que servirá de fonte de captação para o município”, afirmou.
Em seguida, a promotora de Justiça do Gaema(Grupo de Atuação
Especial de Defesa do Meio Ambiente) do Ministério Público, Flávia Zulian,
falou sobre políticas públicas de saneamento básico e ministrou a palestra ‘A
Cidade que Queremos’, enfatizando os desafios trazidos pelo novo Marco
Regulatório do setor, estabelecido pela Lei Federal 14.026/2020.
Ela também ressaltou a necessidade de planejamento para o
enfrentamento das mudanças climáticas. “As cidades terão de se organizar para
sobreviver aos desastres. Se não quisermos conviver com alagamentos, falta de
água, queimadas e outros eventos, temos que agir agora, não dá para pensar
nessas ações no futuro”, alertou a promotora.
A apresentação da revisão do Plano de Saneamento Básico foi
realizada pelo engenheiro sanitarista Neiroberto Silva, coordenador da equipe
técnica da NS Engenharia Sanitária e Ambiental, empresa contratada para a
elaboração do documento, que traz o diagnóstico da situação do saneamento e a
análise detalhada de projetos e ações a serem explorados nos próximos anos
visando a melhoria progressiva dos serviços prestados.
As metas relacionadas ao abastecimento de água, ao
tratamento de esgoto e à drenagem urbana foram mantidas conforme a edição
anterior do Plano, concluída em 2020. Na revisão, o principal foco de mudança
foi a Gestão dos Resíduos Sólidos, que prevê diferentes cenários de
investimento no aumento da coleta de recicláveis e nas possibilidades de
compostagem de resíduos orgânicos.
Em seguida, a palavra foi aberta aos participantes, que fizeram considerações sobre os pontos levantados. Na sequência, o texto foi aprovado por unanimidade e, agora, será transformado em projeto de lei pela Prefeitura, devendo seguir em breve para votação na Câmara de Vereadores. Ao final, o presidente do Comusb – que também é diretor técnico da Coden – explicou que a revisão do Plano de Saneamento Básico foi construída com ampla participação da sociedade.
De acordo com Rean Sobrinho, antes de chegar para a
deliberação da Conferência, a proposta inicial foi submetida à Consulta
Pública, teve a redação final aprovada pelo Conselho Municipal de Saneamento
Básico e foi apresentada à população em três pré-conferências. “Investir em
Saneamento é investir na saúde da população”, afirmou, ao declarar o encerramento
dos trabalhos.
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