Paulínia proíbe uso de recursos públicos para apoiar invasões de propriedades
A Prefeitura de Paulínia sancionou a lei 4.578/2025, de autoria do vereador Douglas Guarita (DC). A nova legislação proíbe o uso de qualquer recurso público municipal para financiar entidades, organizações ou movimentos que promovam, incentivem ou façam apologia à invasão de propriedades públicas ou privadas, bem como atos que atentem contra a ordem pública ou o Estado de Direito.
De acordo com o texto, ficam vetados repasses por meio de
convênios, termos de fomento, colaboração ou qualquer outro instrumento
congênere, além de auxílios, subvenções e apoio financeiro direto ou indireto.
A lei também impede a celebração de parcerias ou contratação de serviços que
utilizem recursos municipais.
A medida define como atentado à ordem pública toda ação
organizada que envolva violência, invasão, destruição de patrimônio ou
tentativa de desestabilização de instituições democráticas, conforme previsto
no Código Penal. Entretanto, a lei preserva o direito de manifestação de
movimentos sociais legítimos, respeitando os direitos constitucionais de livre
expressão e associação. O descumprimento da norma sujeitará o agente público
responsável a penalidades civis, administrativas e penais, além da obrigação de
ressarcir os cofres públicos.
“A proposta visa à proibição do uso de recursos públicos
para financiar ou apoiar ações que promovam a invasão de propriedades públicas
ou privadas, bem como o fomento a grupos que promovam violência ou atentem
contra a ordem constitucional. A justificativa para a criação dessa lei é
fundamentada na necessidade de assegurar a ordem pública, a propriedade privada
e o respeito ao Estado de Direito no município de Paulínia, especialmente em um
contexto em que, em diversas partes do país, movimentos de invasão de propriedades
privadas têm gerado impactos negativos tanto para a população quanto para a
segurança jurídica e patrimonial. Tal prática desrespeita os direitos
fundamentais dos cidadãos, ao mesmo tempo em que cria um ambiente de
instabilidade e insegurança social”, argumenta o parlamentar.
“A proteção dos direitos de propriedade, sejam elas públicas
ou privadas, é um dos pilares do Estado de Direito. O uso de recursos públicos
para apoiar práticas que incentivem ou favoreçam a invasão dessas propriedades
mina a confiança dos cidadãos no sistema legal, além de gerar custos
desnecessários à administração pública, que acaba tendo que lidar com
consequências judiciais e de segurança pública”, completa.
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