Política
Chefe do Executivo é cobrado também por reclamações de déficit de remédios nas UBSs da cidade

Murilo Rinaldo é alvo de críticas por falta de projetos para sanar dívida de R$ 175 milhões

Vereadora Wal da Farmácia diz que após mais de 100 dias de governo, prefeito não trouxe ‘nenhuma proposta eficaz’ para encarar os débitos acumulados da prefeitura e reclama de ‘portas fechadas’ no Executivo; mandatário responde

Paulo Medina | Tribuna Liberal

A vereadora Wal da Farmácia (PSB) teceu duras críticas à administração do prefeito Murilo Rinaldo (PP), apontando a ausência de medidas concretas para enfrentar a dívida de R$ 175 milhões herdada da gestão anterior. Segundo a parlamentar, passados mais de 100 dias do atual governo, nenhuma proposta eficaz foi apresentada para equalizar o déficit financeiro do município.

“Quais foram os avanços? Quais foram as melhorias vistas na nossa cidade?”, questiona a vereadora, ao lamentar o que chamou de “falta de planejamento e ação” por parte do Executivo. Entre as críticas, ela também destacou a criação de 14 cargos de secretário-adjunto e um procurador-geral adjunto, todos com salários elevados, o que classificou como “supersalários”.

Wal também denunciou a ausência de titulares em áreas estratégicas da administração, como a Secretaria de Mobilidade Urbana e a Defesa Civil, setores que, segundo ela, estão impactando diretamente o dia a dia da população. “Nossa população continua sofrendo, com poucos ônibus, horários irregulares e sem pontos de parada adequados”, afirmou.

Na área da saúde, a vereadora apontou a falta de medicamentos nas unidades básicas, dizendo receber diversas reclamações de moradores que não encontram os remédios nas farmácias públicas. “Nosso povo vai até as UBSs e sai de mãos vazias”, lamentou.

Além disso, ela criticou a postura do governo em relação ao Legislativo. “Não somos atendidos com nossos ofícios e indicações, mas somos cobrados pela população”, ressaltou, esperando mudança de postura após promessas feitas pelo vice-prefeito, Professor Fio (União).

Wal ainda questionou os gastos considerados “excessivos” com eventos e contratações emergenciais. “Com uma dívida de R$ 175 milhões, a prefeitura lança licitações para aluguel de palco, tendas e som no valor de R$ 6 milhões, além de uma contratação emergencial de R$ 850 mil para equipamentos pesados por apenas três meses?”, disparou.

A vereadora falou em “mais responsabilidade e transparência” da atual gestão, especialmente diante da crise financeira que atravessa o município.

OUTRO LADO

O prefeito de Monte Mor afirmou que quando assumiu a prefeitura a mesma estava devendo mais de R$ 36 milhões para fornecedores e prestadores de serviços. “As contas não haviam sido pagas pela antiga gestão. Em 100 dias de governo Murilo e sua equipe renegociou os valores com empresas de coleta de lixo, transporte coletivo e plano de saúde, por exemplo, e até agora já foram pagos mais de R$ 10 milhões desse total.  Além disso, as parcelas do Ipremor estão em dia e sendo pagas”, disse. 

CONSULTAS MARCADAS PARA NOVEMBRO VIRAM QUEIXAS NO LEGISLATIVO 

Neste mês, o prefeito Murilo Rinaldo é cobrado pela demora na marcação de consultas com clínicos gerais e outros médicos da cidade. O vereador Alexandre Pinheiro (Republicanos) fez questionamentos à atual gestão, cobrando providências para suprir a carência de profissionais na saúde pública do município e a marcação de consultas para novembro com clínico geral.

Pinheiro recebeu diversas reclamações de moradores do Jardim Colina, um dos bairros afetados, mas afirmou que o problema se repete em praticamente toda a cidade. A Prefeitura de Monte Mor informou que está ciente da demanda e já solicitou um chamamento para contratar mais especialistas para todas as áreas.

Recentemente, a vereadora Camilla Hellen (Republicanos) denunciou a falta de medicamentos em unidades de saúde de Monte Mor e cobrou mais transparência da prefeitura quanto à compra e distribuição desses remédios. Camilla afirmou ter recebido diversas reclamações de moradores que não conseguiram retirar medicamentos essenciais nos postos de saúde, entre eles citalopram, sulfato ferroso, amoxicilina e ritalina. A prefeitura negou a falta de remédios, disse que abriu sindicância para apurar o caso e que comprou novo sistema de monitoramento de medicamentos que será possível identificar em tempo real os remédios que estão em falta em cada unidade.

SESSÃO ORDINÁRIA SERÁ NESTA QUARTA-FEIRA 

A sessão ordinária da Câmara de Monte Mor ocorre excepcionalmente nesta quarta-feira (23), a partir das 17h30. A mudança deve-se ao feriado nacional de Tiradentes, que foi comemorado na segunda-feira (21), e ao serviço de dedetização realizado nesta terça (22), nas dependências da Casa.

Com isso, o expediente no Poder Legislativo se encerrou às 17h de sexta-feira e será retomado às 8h desta quarta.

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