Política
Mais de 72 mil hortolandenses dependem da rede socioassistencial oferecida pelo município

Hortolândia projeta expansão do novo Plano Municipal de Assistência Social

Documento norteia trabalho pelos próximos quatro anos, com metas e investimentos para ampliar a proteção social, fortalecer vínculos comunitários e garantir a dignidade das famílias em situação de vulnerabilidade no município

Em uma manhã marcada por planejamento, sensibilidade e compromisso público, o prefeito Zezé Gomes (Republicanos) recebeu, nesta quinta-feira (27), a apresentação do Plano Municipal de Assistência Social 2026–2029. O encontro, realizado com a presença da secretária municipal de Inclusão Social, Maria dos Anjos, do secretário-adjunto Leni Pauliuki e de toda a equipe de gestores da área, reafirmou a responsabilidade do município em fortalecer políticas que acolhem, protegem e transformam vidas.

Mais que um documento técnico, o Plano é o mapa estratégico que organiza o futuro da proteção social em Hortolândia. Ele define metas, diretrizes e responsabilidades para

o funcionamento de serviços, programas e projetos no âmbito do SUAS — e se torna ainda mais essencial diante do cenário local: hoje, 30.299 famílias estão cadastradas no CadÚnico, representando mais de 72 mil hortolandenses que dependem direta ou indiretamente da rede socioassistencial.

Com um olhar para os próximos quatro anos, o plano projeta expansão, modernização, captação de recursos e ampliação de serviços, sempre guiado pelo compromisso de garantir direitos e reduzir desigualdades. Entre as propostas apresentadas, algumas se destacam pelo impacto transformador que poderão gerar no território.

Uma das prioridades é a ampliação do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, com a meta de aumentar em 10% o número de atendimentos — atualmente, 1.239 pessoas participam das ações oferecidas nos equipamentos socioassistenciais. O município também prevê reordenar o Programa Primeira Infância no SUAS/Criança Feliz, ampliando o cuidado com bebês e crianças em fase crucial de desenvolvimento.

CAPTAÇÃO DE RECURSOS

Outra frente essencial diz respeito à estrutura física da rede. A Secretaria planeja captar recursos para construir unidades próprias, substituindo prédios alugados, como os CRAS Vila Real, Jardim Santa Clara e Jardim Amanda. Além disso, pela primeira vez, Hortolândia deverá contar com um segundo CRAS no Jardim Amanda, região onde a única unidade existente atende cerca de 7 mil famílias — muito acima do recomendado, que é até 5 mil.

“O Plano também apresenta medidas para garantir que os serviços cheguem a regiões mais afastadas do município. Para isso, está prevista a implantação de um CRAS Itinerante, com equipe completa, para atender bairros distantes como Taquara Branca e São Bento, aproximando o cuidado de quem mais precisa”, comentou a secretária Maria dos Anjos.

Outro destaque será a implantação do Programa Municipal de Apadrinhamento, que buscará a criação de redes de apoio para crianças e adolescentes em acolhimento institucional, e a vinda do Programa Vida Longa, oferecendo moradia digna e segura para idosos de baixa renda em situação de vulnerabilidade. No campo das políticas para pessoas com deficiência, o Plano amplia horizontes.

Entre as metas, estão aumentar a emissão do Cartão de Identificação da Pessoa com Deficiência, fortalecer programas de inserção no mercado de trabalho, realizar um censo para mapear a população PCD e intensificar a campanha do Lacre Solidário, que já gera importantes conquistas no município.

Há também a busca por recursos para a implantação de um Centro TEA, destinado ao atendimento especializado de pessoas do espectro autista. No eixo da inclusão produtiva, as propostas abrangem desde a modernização dos Centros de Qualificação Profissional até a implantação de um terceiro equipamento na região periférica da cidade, com capacidade de atender até mil pessoas por ano.

Entre as iniciativas de autonomia econômica, destaca-se ainda a criação da Feira Mulheres que Brilham, destinada a apoiar e valorizar mulheres empreendedoras, especialmente beneficiárias de programas sociais e mães atípicas. Ao final da apresentação, o prefeito Zezé Gomes destacou que a política de assistência social de Hortolândia tem um propósito central: cuidar de pessoas. Em especial, das que enfrentam vulnerabilidades profundas e, muitas vezes, silenciosas.

“Avançar em projetos estruturantes significa fortalecer a rede de proteção que a prefeitura vem construindo ao longo dos anos. Uma rede que acolhe, orienta, protege e devolve dignidade a milhares de famílias O Plano Municipal de Assistência Social 2026–2029 é, portanto, mais que um compromisso administrativo. É um pacto com o futuro. Um gesto de cuidado coletivo. Uma promessa de que Hortolândia continuará se desenvolvendo sem deixar ninguém para trás”, finalizou o prefeito.



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