Câmara abre CEI para investigar fraude em licitações após operação da PF em Hortolândia
Depois da Operação Coffee Break, que prendeu vice-prefeito e
secretário de Educação, vereadores criam comissão para apurar possíveis
direcionamentos e suspeitas de superfaturamento; CEI terá 90 dias de prazo e
pode ser prorrogada
A Câmara de Hortolândia instaurou nesta sexta-feira (14) uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar possíveis fraudes em licitações e irregularidades em contratos firmados entre a prefeitura e a empresa Life Tecnologia Educacional.
O requerimento de abertura de investigação recebeu a assinatura dos 19 vereadores, em resposta aos desdobramentos da Operação Coffee Break, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU).
A operação, realizada na última quarta-feira (13), resultou na prisão preventiva do vice-prefeito de Hortolândia, Cafu César (PSB), e do então secretário municipal de Educação, Fernando Moraes. Durante a ação, agentes federais cumpriram mandados nas secretarias de Educação e Governo e apreenderam documentos, computadores e processos administrativos ligados à Life.
Segundo nota oficial divulgada pelo Legislativo, a CEI terá
a missão de apurar indícios de fraude à licitação, direcionamento contratual,
superfaturamento, favorecimento ilícito e eventuais desvios de recursos
destinados à educação municipal. A comissão também investigará denúncias sobre
a execução das despesas e possíveis prejuízos ao erário.
O próximo passo será a aprovação de um Decreto Legislativo
que definirá o número de membros — três titulares e um suplente —, além do
prazo para conclusão dos trabalhos, inicialmente fixado em 90 dias, com
possibilidade de prorrogação.
A Câmara destacou, em sua nota, o compromisso institucional
com a transparência e o controle do uso dos recursos públicos, reforçando que
atuará de forma independente na apuração dos fatos para garantir respostas à
população.
A Administração Municipal, por sua vez, reiterou que tem
colaborado integralmente com todos os órgãos de controle, fornecendo documentos
e informações solicitadas pela PF e pela CGU. A prefeitura afirma que os
procedimentos licitatórios são conduzidos conforme a legislação e pautados pela
responsabilidade pública e pela transparência.

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