Brischi exonera mais sete comissionados e inclui chefe de gabinete Ricardo Bizetto na lista
Secretário municipal de Chefia de Gabinete, foi um dos nomes mais próximos ao atual prefeito, que está a um mês de encerrar o governo e dar lugar a Murilo Rinaldo (PP); prefeito já dispensou mais de 50 servidores nos últimos dois meses
Paulo Medina | Tribuna Liberal
Monte Mor vive mais um capítulo de mudanças na gestão
municipal com a exoneração de sete cargos comissionados, incluindo Ricardo José
Bizetto, até então secretário municipal de Chefia de Gabinete, e aliado próximo
do prefeito Edivaldo Brischi (PSD). A exoneração foi publicada em 29 de
novembro de 2024 e passou a valer nesta segunda-feira (2).
Bizetto era uma figura central na administração municipal desde o início do mandato de Brischi. Conhecido como ‘braço direito’ do prefeito, ele desempenhou papel estratégico em articulações políticas da gestão. A saída de Bizetto reforça a reviravolta na Prefeitura de Monte Mor após a derrota do atual governo para o prefeito eleito Murilo Rinaldo (PP), que já possui uma equipe engajada na transição de governo com membros do grupo político de Brischi.
Também foram exonerados - faltando menos de um mês para o
fim do mandato do atual prefeito -, Agnaldo dos Reis Silva, diretor de Assuntos
Metropolitanos; Renato Pavanelli, diretor de Agricultura; Veruska Vitorino de
Almeida, diretora geral do Centro Integrado de Serviços ao Cidadão; Kailany da
Silva Chagas, chefe de Desenvolvimento Comercial, entre outros nomes.
A justificativa oficial para as exonerações antes do dia 31
de dezembro não foi divulgada. Brischi não deve colocar substitutos para os
cargos vagos devido ao tempo limitado de governo. Nos últimos dois meses, o
prefeito já dispensou mais de 50 servidores que ocupavam cargos comissionados.
O atual mandatário, antes da transição de governo, decretou
o contingenciamento de despesas. O decreto estabeleceu um corte de até 15% nos
saldos orçamentários com recursos próprios. O ato justificou a necessidade de
contenção de despesas pela queda na arrecadação municipal, atribuída à redução
dos repasses dos governos estadual e federal. O contingenciamento impôs desde
então uma limitação de 15% nas dotações orçamentárias. A liberação dos valores
contingenciados está agora condicionada ao desempenho da arrecadação.
O plano de contingenciamento inclui diretrizes para a redução de custos, como a revisão de contratos, a suspensão de locações de novos imóveis e a vedação de novos contratos de estágio. Novos projetos que acarretam aumento de despesas estão suspensos. Brischi decretou medidas como racionalização do consumo de água, energia elétrica, telefonia (fixa e móvel) e correios.
Contas
Brischi também teve recentemente as contas de 2022
reprovadas pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado), que apontou graves
irregularidades, como problemas na gestão fiscal e operacional do município.
Entre as principais questões destacadas estão encargos sociais recolhidos com
atraso e o consequente pagamento de juros e multas, caracterizando despesas
impróprias e antieconômicas.
A prefeitura atrasou o recolhimento das contribuições ao
INSS (Instituto Nacional da Seguridade Social), referentes aos meses de
novembro e dezembro de 2022 e ao 13º salário dos servidores. Esse atraso levou
ao pagamento de R$ 251.466,64 em juros e multas, consideradas despesas
evitáveis que oneraram os cofres públicos de forma indevida. Problemas em
setores como Saúde e Educação também foram considerados para a rejeição das
contas.
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