Corretor de Sumaré é suspeito de estelionato após golpes imobiliários
Homem é acusado de lesar ao menos oito pessoas; valores envolvidos nas fraudes podem superar os R$ 500 mil
Cézar Oliveira | Tribuna Liberal
Um corretor de imóveis de 40 anos está sendo investigado em
Sumaré sob acusação de envolvimento em um esquema fraudulento de venda de
imóveis. Ele foi detido na segunda-feira (18), no bairro Campo Belo, por
possível estelionato, mas pagou fiança e foi liberado.
Policiais civis confirmaram até o momento oito pessoas
lesadas pelo corretor, que contabilizaram cerca de R$ 500 mil em perdas
financeiras após os golpes. Investigadores continuam apurando o crime para
descobrir se há mais pessoas prejudicadas na cidade e na região.
Um dos casos mais graves diz respeito à comercialização de
uma casa em que o corretor teria recebido R$ 240 mil, mas entregou somente R$
140 mil ao verdadeiro dono do imóvel. A justificativa era de que o corretor não
havia recebido o pagamento integral pela venda.
Uma recepcionista está entre as vítimas. Ela pagou R$ 15
mil, pois recebeu a informação de que esse montante era suficiente para a
“entrada” de uma residência. “Conheci ele através do Facebook e combinamos de
visitar a casa”, disse. O homem chegou a solicitar um chaveiro para abrir a
residência, alegando que estava sem a chave. “Meu esposo realizou um Pix, e o
corretor apenas me entregou um documento”, lamentou a vítima.
De acordo com a vítima, ao tomar conhecimento da prisão do corretor, ela ficou desesperada, pois pensou que havia sido enganada. “Espero recuperar meu dinheiro”, comentou. Uma mulher com autismo também figura entre as vítimas, segundo a polícia. Ela perdeu R$ 7 mil depois de contrair um empréstimo para dar “entrada” em um imóvel pelo programa Minha Casa, Minha Vida. Ela descobriu depois que se tratava de um golpe.
As apurações estão em andamento a fim de confirmar possíveis
outras vítimas e eventuais cúmplices.
Pessoas que sofreram golpes e que passaram por situação suspeita na
compra de imóveis em Sumaré podem procurar a Polícia Civil para registrar
queixa ou prestar depoimento.
A reportagem não localizou a defesa do acusado para comentar
as apurações até o fechamento desta edição.
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