Avó se despede da neta e diz que ladrão ‘acabou com a família’
Sob forte comoção e tristeza, amigos e familiares de
Gabriela Camargo de Jesus Lima, de 20 anos, vítima de latrocínio (roubo seguido
de morte) nesta terça-feira (29), em um ponto de ônibus do Jardim Nova Europa,
deram o último adeus à jovem, que foi velada nesta quarta-feira (30), no
Cemitério Parque Hortolândia. A cerimônia teve início às 10h e seguiu até às
16h, horário em que a vítima foi sepultada. A avó disse que o bandido “acabou
com a família” e pede justiça.
Gabriela foi baleada na cabeça após tentar impedir a fuga de
um criminoso que havia acabado de roubar o seu celular enquanto ela esperava o
coletivo para ir trabalhar. A jovem foi abordada por um assaltante armado em
uma moto.
A avó de Gabriela, que assumiu a criação dela após o falecimento da mãe da jovem, declarou que a família está “profundamente abalada” e aguarda que a Polícia Civil encontre o assassino rapidamente. “Ele matou a menina por causa de um celular. Eu peço justiça. O que ele fez não é justo. Ele acabou com a família, porque está todo mundo desesperado, sem saber o que fazer. Eu peço pelo amor de Deus para que ele seja preso, antes que ela faça isso com outra família”, afirmou a avó da vítima, Cleide Camargo da Silva.
Câmeras de segurança registraram toda a ação. Nas imagens, é
possível ver o momento em que a jovem entrega o aparelho, mas reage em seguida
ao perceber que o ladrão deixou o celular cair. Gabriela corre atrás dele,
chega a derrubar a moto e o suspeito, mas é atingida por um disparo.
Ferida, a jovem ainda tentou fugir, mas caiu a poucos metros do local. O corpo foi encontrado com o celular jogado nas proximidades. Amigos, familiares e vizinhos relataram o choque com a violência do crime. Gabriela morava com amigos e era considerada uma pessoa alegre, querida e batalhadora. A Polícia Civil segue investigando o caso na tentativa de identificar e localizar o autor do crime.
Hortolândia registrou o segundo latrocínio do ano no espaço
de um mês. Segundo levantamento do Tribuna Liberal junto a Secretaria de
Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a cidade já tem o maior número de
casos de latrocínio desde 2019, considerando os primeiros sete meses do ano. Em
2019, o município também contabilizou dois latrocínios no mesmo período.
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