Temporal alaga ruas em Nova Odessa, invade campo de futebol em Americana e provoca deslizamento em Paulínia
Chuva intensa entre a noite de terça-feira (9) e madrugada
de quarta (10) gera enchentes nas cidades; volume de 65 mm em 24h é principal
motivo apontado pela Defesa Civil como causa das cheias; Quilombo pode
transbordar novamente
O forte temporal que atingiu a região entre a noite desta
terça-feira (9) e a madrugada desta quarta-feira (10) provocou alagamentos em
Nova Odessa e Americana, além de causar um deslizamento de terra em Paulínia,
que bloqueou parte da Rodovia Professor Zeferino Vaz (SP-332). Os municípios
registraram pontos de enxurrada e danos em áreas de solo instável após mais de
12 horas de chuva contínua.
Em Americana, o Campo do Torino, localizado às margens da Avenida Bandeirantes, ficou completamente tomado pela água. O diretor da Defesa Civil do município, João Miltetta, explicou que, apesar do volume significativo, não houve registros de ocorrências formais.
“Não tivemos chamados, mas com certeza houve pontos de
alagamento. Choveu 65 mm em 24 horas — muita água, mas distribuída ao longo do
dia, o que garantiu um escoamento rápido”, explicou. O Ribeirão Quilombo está
no limite.
Em Nova Odessa, a região do Jardim Fadel foi uma das mais
atingidas. As vias localizadas na parte final do bairro, como a Rua Bento
Toledo Rodovallo e a Rua João Barbosa, ficaram parcialmente submersas.
Trabalhadores relataram dificuldades para transitar durante a madrugada e
início da manhã. A Rodovia Astrônomo Jean Nicolini, que liga Americana a Nova
Odessa, também registrou acúmulo de água.
Água tomou ruas do Jardim Fadel, em Nova Odessa, impedindo circulação de carros e pedestres
Em Paulínia, o excesso de chuva provocou problemas
estruturais. Um deslizamento de talude atingiu uma das alças de acesso da
Rodovia Professor Zeferino Vaz. A massa de terra deslizou durante a madrugada e
levou junto uma árvore, bloqueando completamente o trecho.
O desmoronamento ocorreu por conta do encharcamento do solo.
A Rota das Bandeiras, concessionária que administra a rodovia, comunicou que
equipes trabalharam na retirada de terra e na limpeza da área. O bloqueio afetou
o acesso do km 129, no sentido Cosmópolis. A região segue em estado de atenção
para novas pancadas de chuva, já que a previsão indica instabilidade.
Em Paulínia, deslizamento de terra bloqueou acesso da
Rodovia Zeferino Vaz
A Defesa Civil disse que a região ficou sob alerta de
tempestade emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O alerta
previa chuva forte, ventos intensos e chance de granizo, com rajadas de vento
entre 60 e 100 km/h.
BALANÇO DAS CHUVAS APONTA DANOS MÍNIMOS EM SUMARÉ
A chuva que atingiu Sumaré na tarde desta terça-feira (9)
apresentou impacto mínimo no município, de acordo com balanço divulgado pela
Defesa Civil. Os tradicionais pontos com recorrência de alagamentos
permaneceram estáveis e não houve registro de enchentes, reflexo das ações
preventivas realizadas pela administração municipal. O único impacto
significativo foi a queda de três árvores, todas atendidas pelas equipes
municipais, sem feridos.
A Defesa Civil informou que segue monitorando as condições
climáticas e prestando apoio direto à população. O órgão mantém a emissão de
alertas constantes sobre possíveis mudanças no tempo, reforçando a importância
da prevenção, especialmente em períodos de instabilidade.
Município diz que continuará acompanhando cenário climático
Para os próximos dias, a previsão indica instabilidade a
partir de sexta-feira (12), com possibilidade de chuvas e tempestades, após
dois dias de clima mais firme. A partir do final de semana, pancadas de chuva,
ventos fortes e risco de vendavais podem ocorrer de forma recorrente. O
município também encontra-se sob alerta para rajadas intensas de vento,
conforme boletins oficiais de meteorologia.
O diretor da Defesa Civil, Kleber de Oliveira Martins,
destacou o trabalho das equipes e orientou a população a manter atenção.
“Estamos em vigilância permanente. Com a previsão de instabilidade nos próximos
dias, orientamos os moradores a evitarem áreas arborizadas durante ventos
fortes e a não estacionarem veículos sob árvores ou estruturas metálicas. Em
caso de queda de árvores, alagamentos localizados ou situações de risco, a
Defesa Civil deve ser acionada imediatamente pelo telefone 199”, afirmou.

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