Projetos ambientais de Hortolândia poderão contar com recursos do ICMS
Ferramenta jurídica foi criada para captar dinheiro disponibilizado pelo Estado, via ICMS Ambiental, e investir em ações sustentáveis; incentivo recompensa as cidades que preservam áreas protegidas e conservam biodiversidade
Hortolândia agora conta com uma ferramenta jurídica própria
para captar e utilizar recursos públicos, vindos do Governo do Estado de São
Paulo, para uso específico na área ambiental. É a Lei 4.475/2025, publicada no
Diário Oficial Eletrônico do Município. Ela altera artigos de uma lei de 2012,
que trata do Fundo Municipal de Meio Ambiente.
Por meio dela, recursos financeiros provenientes do ICMS
Ambiental (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), repassados
anualmente à prefeitura, passarão a ser encaminhados ao FMMA (Fundo Municipal
de Meio Ambiente), gerenciado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento
Sustentável e Assuntos Climáticos, em articulação com o CMMA (Conselho
Municipal de Meio Ambiente).
Criado em 2021, o ICMS Ambiental é um repasse financeiro anual, feito pelo Governo do Estado, a municípios paulistas que adotam boas práticas ambientais, monitoradas por meio da plataforma SIGAM (Sistema Integrado de Gestão Ambiental do Estado de São Paulo).
Esse incentivo
financeiro, regulamentado pela Lei Estadual nº 17.348/2021, busca recompensar
cidades que preservam áreas protegidas, promovem a restauração florestal e
conservam a biodiversidade. No seu cálculo, o ICMS Ambiental leva em conta
quatro critérios principais: a preservação de áreas de proteção ambiental, a
existência de vegetação nativa, a conservação de mananciais de água e a
realização de ações de restauração florestal.
De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento
Sustentável e Assuntos Climáticos, este recurso é de grande importância para os
municípios que priorizam a área ambiental, como Hortolândia, pois busca
estimular a gestão ambiental municipal e a conservação da biodiversidade, além
de melhorar a qualidade de vida da população.
“A transferência desta porção tem como alguns de seus
importantes benefícios reconhecer o valor ambiental, estimular a preservação do
meio ambiente e dos recursos naturais, indo totalmente ao encontro das
políticas públicas estabelecidas e atualmente executadas por Hortolândia. O
município, conforme demonstra a plataforma SIGAM (Sistema Integrado de Gestão
Ambiental do Estado de São Paulo) já é contemplado por suas ações produzidas
com um percentual desde 2021 por atender os critérios e requisitos ambientais”,
explica a secretária da pasta, Eliane Nascimento.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, o montante repassado
varia de ano para ano e pode representar até 2% do valor total do ICMS
destinado ao município. A previsão é que ele passe a ter destinação específica
em 2026, após previsão orçamentária.
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