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Queimadas causam reflexos negativos à saúde dos moradores e ao meio ambiente

Número de autuações por queimadas cai 75% em Hortolândia, diz estudo

Hortolândia registrou uma queda de 75,5% nas autuações por queimadas entre 2017 e 2024, segundo levantamento divulgado pela prefeitura nesta semana. A análise, feita pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Climáticos, considera apenas ocorrências em áreas particulares notificadas pela Fiscalização Ambiental — não incluindo dados do Corpo de Bombeiros.

O comparativo mostra que em 2017 foram registradas 1.332 autuações, enquanto em 2024 o número caiu para 326, demonstrando forte tendência de redução. A curva descendente se acentuou ao longo dos anos: em 2018 foram 1.235 casos (-7,3%), em 2019 houve nova queda para 642 (-48,0%), e em 2020 o número despencou para 116 (-81,9% em relação a 2017). Em 2021, houve leve aumento para 138 casos (+19% em relação a 2020), seguido por estabilidade em 2022 (130 autuações). O menor número foi registrado em 2023, com apenas 36 autuações, uma redução de 97,3% em relação a 2017. Já o aumento pontual de 2024, com 326 registros, ainda representa queda de 75,5% em comparação ao pico de 2017.

Segundo explica a diretora de Assuntos Climáticos, Taina Ferreira, neste período, é preciso observar uma situação atípica, verificada em 2024, quando houve altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, criando um cenário excepcional, conforme dados do Ciiagro (Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas).

De acordo com ela, os números refletem o trabalho contínuo da Prefeitura de Hortolândia em ações na área da sustentabilidade, sobretudo junto a diversos segmentos da sociedade. Entre elas estão as de Educação Ambiental, voltadas à prevenção de queimadas. Por meio de atividades realizadas porta a porta, nos bairros, e também nas escolas de Ensino Fundamental e Médio e na EJA (Educação de Jovens e Adultos), a Administração promove conscientização e engajamento da população, um trabalho que é multiplicado em casa pelos próprios estudantes.

“Essa atuação preventiva e educativa tem sido fundamental para reduzir os impactos ambientais e proteger a saúde da comunidade. Esse resultado reflete também a atuação integrada da prefeitura, destacando-se o trabalho da Fiscalização de Posturas da Secretaria de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Estratégico, que realiza notificações aos imóveis para execução de asseio e aceiros (faixas de segurança, sem vegetação, para evitar a propagação do fogo), especialmente nos casos apontados como áreas de risco pela Defesa Civil, órgão da Secretaria de Segurança. Essa ação preventiva tem sido essencial para a redução de focos de queimadas e mitigação de impactos à saúde e ao meio ambiente”, explica a gestora.

MEIO AMBIENTE

A falta de chuvas e a baixa umidade do ar podem desencadear diversos problemas que prejudicam o meio ambiente e a saúde das pessoas, segundo alerta a Defesa Civil Municipal. Dentre eles estão: complicações alérgicas e respiratórias devido ao ressecamento de mucosas; sangramento pelo nariz; ressecamento da pele; irritação dos olhos; eletricidade estática em pessoas e equipamentos eletrônicos e aumento do potencial de incêndios em pastagens e florestas.

PREVENÇÃO E AÇÃO

Hortolândia participa até 30 de setembro deste ano da “Operação São Paulo Sem Fogo 2025”, que promove uma série de ações integradas de prevenção, monitoramento e combate às queimadas no município. Se necessário, a “Operação” poderá ser prorrogada.

A população pode contribuir, denunciando queimadas no município pelo número 193, do Corpo de Bombeiros, ou pelo aplicativo “Agenda Verde”, que pode ser baixado no celular, a partir das plataformas Google Play ou App Store. A identidade do denunciante é mantida em sigilo. No município, a prática de queimadas é crime e como tal sujeita a penalidades e multas, conforme está previsto nas Leis Municipais nº 2.464, de 16/09/2010; 3.153, de 04/09/2015 e 3.641, de 13/06/2019.


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