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Beneficiários terão opção de pagar prestação fixa por 30 anos em novos contratos da companhia

Nova política da CDHU traz financiamento que beneficia 150 famílias de Hortolândia

Com modalidade vigente, mutuários poderão optar por pagar prestações de forma fixa durante 30 anos, sem reajuste pela inflação, garantindo previsibilidade financeira e proteção contra variações econômicas; cidade receberá novo empreendimento

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado (CDHU) anunciou uma nova política de financiamento habitacional que muda a forma de pagamento para as famílias de baixa renda. 

A partir de agora, os mutuários poderão optar por um modelo de parcelas fixas durante 30 anos, sem reajustes anuais, ou continuar com o sistema tradicional, no qual as prestações correspondem a 20% da renda familiar e são corrigidas anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação do IBGE. 

Na região, a medida já beneficia 152 famílias de Hortolândia que aguardam moradias em construção pela CDHU. As unidades habitacionais estão sendo erguidas em um novo empreendimento que seguirá as regras da nova política, ampliando as oportunidades de acesso à casa própria.

De acordo com a CDHU, a principal vantagem do novo modelo é a previsibilidade das parcelas. Como o valor não sofre reajuste, as famílias ficam protegidas das oscilações econômicas e da inflação ao longo das três décadas de contrato. Embora a prestação inicial seja um pouco mais alta, a longo prazo o modelo tende a ser mais vantajoso, pois elimina o aumento progressivo do valor mensal.

Para exemplificar, uma família com renda de um salário mínimo em 2025 pagaria R$ 303,60 de parcela inicial no modelo tradicional, com reajuste anual. Já na nova modalidade, o valor seria de R$ 455,40, mas permaneceria fixo durante todo o financiamento.

A nova política mantém o princípio da adequação da prestação à capacidade de pagamento das famílias, adotando o limite de 30% da renda, já utilizado em programas federais como os financiamentos com recursos do FGTS. Essa padronização busca ampliar a segurança jurídica e a transparência dos contratos.

Outra medida é a forma de aplicação do subsídio estadual. Antes, o desconto concedido pela CDHU era diluído ao longo do financiamento, reduzindo o saldo devedor gradualmente. Com a nova regra, o subsídio será abatido integralmente no ato da assinatura do contrato, e o mutuário passará a assumir apenas o valor real que tem condições de pagar.

Em um exemplo prático, em um imóvel avaliado em R$ 180 mil, uma família com renda de um salário mínimo pagaria cerca de R$ 72 mil pelo bem, com o restante coberto pelo subsídio. Essa mudança reduz o endividamento e facilita a quitação do imóvel.

Além de Hortolândia, outros municípios da região de Campinas também serão contemplados com empreendimentos em andamento: Artur Nogueira (54), Campinas (200), Cosmópolis (234), Santa Bárbara d’Oeste (186) e Vinhedo (54).


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