Mau cheiro: Sabesp responde reclamações e diz que investe R$ 28 mi na ETE de Hortolândia

• Por Paulo Medina

  19 de junho de 2025, às 09h 02

A Sabesp se manifestou oficialmente nesta quarta-feira (18) sobre as reclamações de mau cheiro recorrentes na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Jatobá, em Hortolândia, que levaram a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) a realizar nova fiscalização no local nesta semana. Ao Tribuna Liberal, a empresa reafirmou que está executando um amplo conjunto de obras e melhorias na unidade, com investimentos que ultrapassam R$ 28 milhões.

Segundo a empresa, as intervenções começaram em março de 2025 e devem durar aproximadamente seis meses. Entre as principais ações realizadas estão a remoção de lodo em seis lagoas de polimento e decantação, além da limpeza das lagoas de aeração com instalação de novos difusores de ar, visando maior eficiência no tratamento dos efluentes.

Ainda conforme a empresa, também estão sendo modernizadas as estruturas da estação, com aquisição de novos sopradores, sensores, instrumentos de controle e sistema elétrico, além da instalação de portas acústicas e atenuadores de ruído para minimizar impactos sonoros à vizinhança.

“O tratamento preliminar de esgoto é feito em ambiente fechado, com captação e lavagem de gases. Em paralelo, são aplicados produtos neutralizantes em pontos estratégicos do processo”, afirma a Sabesp. Como medida adicional, foi implantada uma cortina vegetal ao redor da unidade, que atua como barreira natural contra a propagação de odores.

A empresa garante que realiza monitoramento diário da unidade e enfatiza que as obras têm como foco principal a eliminação dos odores e a melhoria das condições ambientais e da qualidade de vida da população local.

A resposta da Sabesp vem após a Cetesb constatar que o odor estava presente fora dos limites da estação — o que configura infração ambiental, segundo os parâmetros da agência. A empresa já recebeu 11 multas progressivas e duas advertências entre novembro de 2024 e maio de 2025, totalizando quase R$ 1 milhão em penalidades.

Apesar das medidas em curso, moradores dos bairros próximos continuam relatando forte incômodo, especialmente durante a noite.