Marinha reforça buscas por jovem que desapareceu em represa de Americana

• Por Paulo Medina

  24 de julho de 2025, às 08h 04

Alexsander Silva de Souza, de 24 anos, desapareceu após tentar socorrer duas mulheres que estavam em uma lancha e caíram na água da Represa do Salto Grande, região da Praia Azul; área de afogamento tem profundidade de 10 metros

As buscas pelo jovem Alexsander Silva de Souza, de 24 anos, seguem intensas na Represa do Salto Grande, em Americana, após seu desaparecimento na tarde da última terça-feira (22). O resgate ganhou reforço de equipe da Marinha. O rapaz, morador do Jardim Yeda, em Campinas, pulou na água para tentar salvar duas mulheres que haviam caído da lancha em que estavam, mas acabou submergindo e não foi mais visto. O jovem sabia nadar.

Segundo testemunhas, o grupo aproveitava o dia na região da Praia Azul quando, por motivos ainda desconhecidos, duas ocupantes da embarcação caíram na água. Alexsander não hesitou em se lançar para tentar socorrê-las. As mulheres foram resgatadas com vida, mas ele desapareceu durante o salvamento. 

Buscas por Alexsander Silva de Souza, 24, seguem intensas na Represa do Salto Grande, em Americana

As equipes do Corpo de Bombeiros iniciaram as buscas imediatamente após o ocorrido. Mergulhadores atuaram até as 2h da madrugada desta quarta-feira (23), quando os trabalhos foram temporariamente interrompidos por segurança, sendo retomados nas primeiras horas da manhã com reforço de uma equipe especializada da Marinha do Brasil, vinda de Barra Bonita (SP).

A presença da Marinha intensifica os esforços para localizar o jovem, utilizando recursos técnicos e experiência em ocorrências aquáticas de grande complexidade. A área da represa onde ocorreu o afogamento é conhecida por ter profundidade de cerca de dez metros, de acordo com informações do Corpo de Bombeiros. Até o momento, o desaparecimento segue sendo tratado como acidental.

Remoção de plantas

A área tomada pelas plantas aquáticas na Represa do Salto Grande, em Americana, caiu de 93 hectares para 2,6 hectares entre janeiro e junho de 2025, uma redução de 97%. A prefeitura recebeu nesta semana o balanço semestral com os dados compilados pela CPFL Renováveis, concessionária responsável pela operação da Pequena Central Hidrelétrica (PCH).

De acordo com o relatório, a melhoria acompanha a contratação, pela CPFL, de uma nova empresa, equipada com maquinário moderno para a remoção mecânica. Somente em junho, foram retiradas mais de 3 mil toneladas de biomassa e cerca de 9,4 mil litros de resíduos da represa.

A Secretaria de Meio Ambiente é responsável pela fiscalização e monitoramento das ações junto à concessionária. Segundo a CPFL, a proliferação das plantas está relacionada à qualidade da água do Rio Atibaia, o que exige a atuação conjunta dos municípios da bacia.