Leitinho sanciona lei que reconhece emergência climática em Nova Odessa
Legislação de autoria do Executivo marca novo capítulo na
política ambiental da cidade, com diretrizes para adaptação às mudanças do
clima, foco em saúde pública, infraestrutura e sustentabilidade; plano
municipal teve início no atual governo
Nova Odessa enfrenta a crise ambiental global com a sanção
da lei municipal 3.854/2025, que reconhece oficialmente a emergência climática
no município. Com a legislação, de autoria do prefeito Cláudio Schooder, o
Leitinho (PSD), o poder público assume o compromisso de estruturar políticas
públicas coordenadas, voltadas à adaptação climática, mitigação de impactos e
proteção da população frente aos desafios impostos pelas mudanças no clima.
Segundo o texto da lei, cabe à Secretaria Municipal de Meio
Ambiente, em articulação com o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente
(COMDEMA), elaborar o Plano Municipal de Adaptação Climática, o qual já foi
iniciado. O plano será baseado em princípios como a redução da vulnerabilidade
socioambiental, o uso de soluções baseadas na natureza, a participação da
sociedade civil e a aplicação de evidências científicas no processo de tomada
de decisão. A meta é construir uma política transversal, capaz de enfrentar os
efeitos do clima extremo, cada vez mais frequentes e intensos.
A proposta exige que o plano contenha um diagnóstico
detalhado dos riscos climáticos atuais e futuros, identifique ações
prioritárias para fortalecer a resiliência da população e dos ecossistemas, e
estabeleça metas e cronogramas, além de mecanismos permanentes de monitoramento
e avaliação.
O prefeito Leitinho afirmou que os impactos das mudanças
climáticas já são sentidos no cotidiano da cidade, em áreas como saúde,
agricultura, infraestrutura e recursos naturais.
Com a sanção da lei, a Prefeitura de Nova Odessa já deu
início à elaboração do Plano Municipal de Adaptação Climática. O plano, de
caráter estratégico e com medidas de médio e longo prazo, inclui a execução de
projetos estruturantes, como uma nova fase do sistema de macrodrenagem, voltado
à redução de alagamentos em áreas críticas da cidade — especialmente em trechos
como a Avenida Ampélio Gazzetta —, e ações de arborização urbana com foco
preventivo, como o plantio e a poda controlada de árvores antigas e de grande
porte.
“Em ocasiões anteriores, já enfrentamos as consequências das
mudanças climáticas. O novo plano, porém, reconhece oficialmente essa realidade
e nos permite avançar na formulação de ações coordenadas, com foco na adaptação
e mitigação dos impactos”, destacou o secretário de Meio Ambiente, Rafael
Brocchi, durante esta semana.
Ele ainda afirmou que diversas metas do plano já se conectam
com ações que estão em curso, como a criação recente de uma brigada de
incêndio, o reflorestamento urbano e a gestão integrada de resíduos.
A partir de agora, todas as secretarias municipais com
atuação relacionada à questão climática serão convocadas a colaborar na
construção do plano, que terá como base um diagnóstico climático local
abrangente, levantando dados históricos e projeções futuras sobre temperatura,
regime de chuvas e eventos extremos. A proposta é que o plano funcione como um
documento dinâmico, com capacidade de adaptação contínua e revisões periódicas,
em consonância com os princípios da sustentabilidade e da justiça climática.
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