Funcionárias de terceirizada da Prefeitura de Sumaré se revoltam com atrasos em pagamentos
‘É uma vergonha, todo mês é a mesma coisa’, desabafou trabalhadora que presta serviços para o grupo Nutriplus Alimentação, responsável pela merenda nas escolas na rede pública de Sumaré
Da Redação | Tribuna Liberal
Funcionárias da Nutriplus Alimentação, grupo responsável pela merenda escolar da Prefeitura de Sumaré, estão revoltadas com os constantes atrasos no pagamento de salários e benefícios, como vale-alimentação. De acordo com relatos das trabalhadoras, o problema persiste durante todo ano, afetando diretamente o orçamento familiar das funcionárias.
Os atrasos frequentes, segundo elas, têm gerado indignação entre dezenas de funcionárias, que relatam não ter qualquer previsão de quando receberão seus salários. Uma das trabalhadoras, que preferiu não se identificar, desabafou dizendo que em novembro só recebeu no dia 12. “Sempre ligamos para lá, mas dizem que não há previsão. Deveriam ter vergonha. Queremos apenas o que é nosso por direito”, afirmou.
Outro relato evidencia a frustração com os atrasos. “Nós, merendeiras, não trabalhamos por hobby. Trabalhamos porque precisamos. Temos contas, aluguel, água, luz, mas parece que isso não importa para eles. Só queremos respeito e nosso salário em dia”, cobrou.
Elas apontam que a situação também pode ter impacto direto nas crianças atendidas pelo serviço de merenda escolar. “É um descaso. Sem merendeiras, como as crianças vão se alimentar?”, questionou uma funcionária. “É uma vergonha, todo mês é a mesma coisa”, afirmou outra trabalhadora que pediu para ter o nome mantido sob sigilo.
As trabalhadoras criticaram ainda os contratos intermitentes que, na visão delas, prejudicam a estabilidade financeira e o cumprimento de direitos trabalhistas. Entre as principais demandas, as funcionárias pedem a regularização imediata dos pagamentos de salários e benefícios, o fim dos contratos intermitentes e maior fiscalização por parte da Prefeitura de Sumaré sobre os serviços terceirizados.
As merendeiras pedem “respeito” e “ação imediata” para que possam realizar seu trabalho com “dignidade” e para que as crianças atendidas tenham acesso garantido à alimentação escolar.
Outro lado
Procurada pela reportagem por e-mail e por telefone, a
empresa preferiu não se pronunciar sobre as reclamações das trabalhadoras. A
Prefeitura de Sumaré foi contatada e informou que realiza mensalmente e dentro
do prazo legal o pagamento do fornecedor.
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