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Imóvel às margens da Estrada Municipal Norma Marson Biondo está no centro de disputa

Família vai à Justiça contra saída de imóvel e demolição em Sumaré

Uma família que reside há mais de 15 anos às margens da Estrada Municipal Norma Marson Biondo, em Sumaré, ingressou com uma ação judicial pedindo uma liminar para impedir a desocupação forçada e a possível demolição do imóvel onde vivem. A medida foi tomada após notificação do Setor de Habitação, entregue na quarta-feira (30), que determinava a desocupação do local em 48 horas, sob pena de demolição da moradia.

A notificação administrativa afirma que o imóvel estaria em área pública, mas, segundo a defesa da família, não foi apresentado qualquer documento oficial que comprove essa titularidade. “Não posso dar muitos detalhes, pois o processo corre sob segredo de Justiça. Mas posso afirmar que a prefeitura não anexou nenhum documento que comprove que a área é de fato pública. Isso já foi informado no processo, e aguardamos a análise do juiz”, declarou a advogada responsável pela ação.

No pedido protocolado na Justiça, a defesa alega que não houve instauração de processo administrativo regular, nem oferecimento de contraditório ou ampla defesa. Os moradores alegam que exercem a posse pacífica, contínua e de boa-fé do imóvel há mais de uma década, tendo erguido ali a única casa da família, onde vivem com filhos pequenos.

Tallita Ferreira está preocupada com o futuro dos pais que moram no imóvel. “A prefeitura alega ser uma área pública, porém, nunca foi mostrado para nós um documento, as outras seis casas próximas estão todas regularizadas com documentação, dizem que onde é a casa dos meus pais é para ser uma rua, mas as outras casas que têm lá do lado, os outros vizinhos, todos estão na mesma metragem do terreno e têm documentação”, argumenta.

“O objetivo da demanda é o reconhecimento da usucapião da fração ideal do imóvel em face do respectivo proprietário registral. Ocorre que, no curso do processo, a Prefeitura Municipal passou a alegar, de forma genérica e superficial, que a referida área integraria patrimônio público, sem, contudo, apresentar comprovação concreta ou delimitação precisa da suposta área pública. Assim, o pedido de tutela foi elaborado dentro do processo de usucapião”, diz a defesa.

O documento também ressalta o perigo de dano irreparável, já que, se a demolição ocorrer, a família ficará sem moradia e em situação de vulnerabilidade.

OUTRO LADO

A Prefeitura de Sumaré não retornou até o fechamento desta edição.


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