Empresa com reclamações de salários atrasados tem contrato de R$ 34,9 milhões em Sumaré
Contrato tem como meta execução de serviços contínuos de merenda escolar, fornecimento de alimentos, logística e manutenção dos equipamentos, com entrega de mais de 75 mil refeições
Paulo Medina | Tribuna Liberal
Alvo de denúncias de funcionárias pelo atraso no pagamento
de salários e benefícios como vale alimentação, a Omega Alimentação e Serviços
Especializados (Grupo Nutriplus), contratada pela Prefeitura de Sumaré para
fornecer alimentação escolar na rede municipal, mantém um contrato de R$34,9
milhões com o município, válido por 12 meses. Funcionárias da empresa relatam
atrasos recorrentes nos pagamentos, afetando diretamente quem atua no
fornecimento e preparo da merenda escolar.
O contrato tem como objeto a execução de serviços contínuos
de merenda escolar, incluindo o fornecimento de alimentos, logística e
manutenção dos equipamentos utilizados nas escolas municipais. Com uma previsão
de fornecimento de mais de 75 mil refeições mensais, o contrato prevê o
pagamento de valores que variam conforme o tipo de cardápio oferecido, com
refeições custando entre R$1,89 e R$5,70 por unidade. A prestação de serviços
atende unidades de ensino, além de programas assistenciais.
O contrato também estipula que os pagamentos à empresa sejam
realizados em até 28 dias após a apresentação da nota fiscal. O repasse mensal
previsto é de R$2,9 milhões, de acordo com o contrato firmado entre as partes.
A situação gera preocupação quanto à continuidade do serviço e à qualidade da
alimentação oferecida.
O contrato determina a necessidade de equilíbrio
econômico-financeiro e a responsabilidade da contratada em cumprir as
obrigações trabalhistas e fiscais. A Câmara de Vereadores passou a acompanhar o
assunto após reportagem do Tribuna Liberal.
Funcionárias do grupo responsável pela merenda escolar estão revoltadas com os constantes atrasos no pagamento. Os atrasos frequentes, segundo elas, têm gerado indignação entre dezenas de funcionárias, prejudicando o orçamento familiar e o pagamento de contas básicas como água, luz e telefone. As trabalhadoras criticaram ainda os contratos intermitentes que, na visão delas, prejudicam a estabilidade financeira e o cumprimento de direitos trabalhistas.
A Prefeitura de Sumaré confirmou, na segunda-feira (9), que
realiza mensalmente e dentro do prazo legal o pagamento do fornecedor.
Procurada novamente para comentar as denúncias das funcionárias e dar sua
versão dos fatos, a empresa e o grupo não se manifestaram até o fechamento
desta edição.
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