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Gestores do novo serviço que atende demanda crescente por reconhecimento e apoio a perfis neurodivergentes

AMAAH Hortolândia lança programa voltado a pessoas com Altas Habilidades/Superdotação

A AMAAH (Associação de Mães e Amigos do Autista de Hortolândia) dará um passo importante em sua trajetória nesta terça-feira (5) com o lançamento oficial do programa de atendimento voltado às pessoas com Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD), além do público com Transtorno do Espectro Autista (TEA), já atendido pela entidade.

O evento acontecerá na Câmara Municipal, a partir das 9h, e marcará a ampliação dos serviços prestados pela instituição. Segundo a direção da AMAAH, o novo programa nasce da necessidade real e crescente de acolher e oferecer suporte especializado a pessoas com AH/SD, um público que na maioria das vezes permanece invisibilizado no ambiente escolar e social.

“O nosso foco sempre foi o Transtorno do Espectro Autista, mas percebemos que existe também uma demanda significativa de pessoas com AH/SD que precisam de um olhar diferenciado. São crianças e adolescentes que estão nas escolas e que, muitas vezes, não têm nenhum tipo de suporte adequado”, destacou a presidente da AMAAH, Priscila Silvana.

O projeto foi desenvolvido pela instituição em parceria com o vice-presidente Rogério Severino Lopes, que será o responsável direto pela condução do novo serviço. O trabalho será técnico e profissional, com foco no reconhecimento das necessidades específicas desse público.

A proposta é tornar o programa acessível, mas com a estrutura necessária para garantir qualidade e eficiência. Com a nova iniciativa, a associação amplia o alcance de sua atuação, atendendo um público ainda carente de reconhecimento e apoio em políticas públicas.

“O programa impacta a cidade de Hortolândia de forma direta e a região, pois esse programa vislumbra atender o munícipe de Hortolândia e das cidades próximas, as pessoas que têm dúvida, que querem buscar informação, que querem buscar formação continuada, pensando nos professores, e propriamente as famílias que têm os filhos e filhas que estão em processo de entendimento, identificação e até tentando fechar um diagnóstico, e possam ter a AMAAH como possibilidade. A equipe técnica é formada por mim, que sou pedagogo especialista na área da Educação Especial, Transtornos Globais de Desenvolvimento/ Transtorno do Espectro Autista também do Atendimento Educacional voltado às Altas Habilidades e Superdotação, uma psicóloga que é importantíssimo falar de testes psicométricos, observação de QI e uma psicopedagoga também que compõe equipe técnica e que inclusive vive a realidade de Alta Habilidade/Superdotação na própria família”, comentou Rogério.

“Temos um programa sólido, bem estruturado, bem pensado para identificação primária e o atendimento aos campos de interesse a partir do uso de tecnologia de baixo custo como tablets, computadores, acesso à internet, mas o programa ele visa, de forma mais aprofundada, identificar, trazer à tona, desinvisibilizar, o público da Alta Habilidade/ Superdotação. Por isso a gente quer se aproximar da pesquisa, do aprofundamento que a pesquisa traz na temática. Nós estamos numa região muito boa, que é a Região Metropolitana de Campinas, temos a Unicamp, temos contatos também de outras universidades e acredito que o programa tem tudo para se fixar e ser um referencial ao atendimento a esse público. A gente está olhando para o desenvolvimento integral desse indivíduo. Quando eu menciono isso, eu estou falando de programas específicos, voltados ao campo de interesse desses indivíduos, a inclusão social desse indivíduo, que muitas vezes não sai de casa, não conhece muito a realidade em torno de si próprio e tem também outras comorbidades associadas, como ansiedade, depressão, julgamento social. E por fim, a gente está fomentando a cultura inclusiva na nossa região”, finaliza.


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