Ginasta que iniciou sua carreira em Americana é convocada para seleção brasileira
Sophia Weisberg, formada no Centro Cívico da cidade, fará
preparação visando Mundial da categoria em Jacarta, na Indonésia, a partir de
19 de outubro; atleta treinará em Doha, no Catar; antigas professoras frisam
talento da ginasta
A ginasta Sophia Weisberg, que deu os primeiros passos na
modalidade em Americana, foi convocada pela Confederação Brasileira de
Ginástica (CBG) para a fase de preparação visando a disputa do Mundial da
categoria, que começa em 19 de outubro, em Jacarta, na Indonésia.
Entre os dias 29 de setembro e 14 de outubro, Sophia integra
o grupo formado por Ana Luiza Lima, Flávia Saraiva, Júlia Soares e Júlia
Coutinho, em Doha, no Catar, para a etapa de aclimatação e ajustes finais antes
da competição.
Natural de Araras, Sophia iniciou na ginástica em 2015, aos
cinco anos de idade, em Americana, com aulas no Centro Cívico. Ela relembra com
carinho os primeiros passos na modalidade. “Comecei a fazer ginástica no Centro
Cívico de Americana, onde tudo começou com uma brincadeira, mas acabei me
apaixonando por esse esporte. Eu tinha cinco anos e treinava uma vez por semana
com a professora Pingo. Aos sete, fui treinar com a equipe de alto rendimento
com a professora Diara, onde evoluí bastante e logo comecei a participar dos
campeonatos municipais”, disse Sophia.
“Fiquei até os meus dez anos treinando com elas. Foram cinco
anos de muito aprendizado e momentos marcantes para minha vida. Fiz amizades
que até hoje conservo. Sou muito grata às professoras Pingo e Diara que
descobriram o meu talento na ginástica”, completou.
Marinilse Scanavacki, a Pingo, professora de ginástica
artística do Centro Cívico, lembra como percebeu o talento logo no início. “Nas
primeiras aulas, costumo dar um desafio para as meninas, como forma de
testá-las e observá-las. Em uma dessas aulas dei um exercício que se chama
‘esquadro’, um elemento de força nos braços, pernas e abdômen. Quando acabei de
explicar e demonstrar, ela foi a primeira que fez o exercício. A Sophia
participou de muitas competições representando Americana e obteve muitas
vitórias. Hoje eu vibro e torço pelo sucesso dela a cada campeonato e quero
estar presente quando ela for convocada para representar o Brasil em uma
Olimpíada”.
A professora Diara Liida, que também acompanhou Sophia em Americana, destaca a dedicação da ginasta nos treinamentos. “Ela treinou conosco até 2019, quando conversamos com o técnico do clube Regatas, em Campinas, para fazer um teste com ela, pois já sabíamos que tinha talento de sobra. A potência dela era de se admirar, pela idade e quantidade de vezes e horas que ela treinava. Ela treinava quatro horas por dia. E uma coisa muito legal é que a Sophia sempre foi muito corajosa e esforçada, mesmo sendo a mais nova da turma enfrentou aquilo muito bem, não tendo outras meninas da idade dela para ela vivenciar os treinamentos”.
APOIO FAMILIAR
Segundo Diara, o apoio da família também foi fundamental.
“Vale ressaltar também o apoio dos pais, que sempre foram muito parceiros e
incentivadores dela no esporte e conosco, confiando muito no nosso trabalho e
nos ajudando sempre das mais diversas formas. Toda essa estrutura faz a
diferença para a Sophia hoje ser essa atleta de alto rendimento representando muito
bem o Brasil”, concluiu.
No início de setembro, Sophia conquistou o título de campeã
brasileira individual geral e no salto, em sua estreia pela categoria sênior,
além da medalha de prata por equipes na mesma competição, representando o
Esporte Clube Pinheiros. Ela também é vice-campeã pan-americana cadete no salto
e detentora de duas medalhas de bronze (salto e solo) no Campeonato Brasileiro
Juvenil.

Deixe um comentário