Cinco escolas de Sumaré, Hortolândia e Nova Odessa avançam para se tornarem cívico-militares
Expectativa é iniciar o projeto em 2025 com 45 unidades
educacionais da rede estadual, permitindo acompanhamento detalhado da
implantação do modelo
Da Redação | Tribuna Liberal
Cinco escolas das cidades de Sumaré, Hortolândia e Nova
Odessa deram um passo em direção à transformação em escolas cívico-militares.
Essas unidades educacionais estão se preparando para passar por uma consulta
pública, etapa essencial para a implementação do novo modelo de gestão e
ensino.
Em Sumaré, duas escolas estão no centro desse processo de
transição. A Escola Municipal Professora Maria Ivone Martins Rosa, localizada
no Jardim Denadai, e a Escola Marinalva Gimenes Colossal da Cunha, no Parque
Jatobá, estão entre as selecionadas para adotar o modelo cívico-militar. Essas
instituições serão submetidas à opinião pública para avaliar a receptividade da
comunidade quanto à mudança proposta.
Nova Odessa também está no caminho da transformação com a
inclusão da Escola Municipal Professora Silvania Aparecida Santos, situada no
Jardim Santa Luiza, no projeto. A escola participará da consulta pública,
permitindo que pais, alunos e moradores locais expressem suas opiniões sobre a
transição para o modelo cívico-militar.
Hortolândia não fica atrás nesse avanço educacional. Duas
escolas da cidade foram escolhidas para participar da consulta pública: a
Escola Yasuo Sasaki, no Jardim Santa Esmeralda, e a Escola Professora Conceição
Aparecida Terza Gomes Cardinales, localizada no Jardim Amanda. A participação
ativa da comunidade será fundamental para determinar a viabilidade e aceitação
do novo modelo nessas instituições.
A consulta pública será um momento decisivo para essas cinco
escolas e suas respectivas comunidades. As opiniões coletadas durante esse
processo irão direcionar os próximos passos e a possível implementação do
modelo cívico-militar. Os resultados da consulta refletirão a vontade de
moradores de Sumaré, Hortolândia e Nova Odessa.
A Secretaria da Educação publicou nesta semana um edital de convocação para consulta pública para que as comunidades escolares opinem sobre a implantação do modelo de escolas cívico-militares a partir de 2025 na rede pública estadual. Essa é a segunda etapa do processo de escuta que a pasta está promovendo sobre o tema. Entre os dias 21 e 28 de junho, os diretores de todas as unidades da rede pública paulista opinaram sobre a adesão ao novo modelo. Nesse período, 302 diretores manifestaram interesse em atuar no modelo das escolas cívico-militares.
A partir do edital, as unidades de ensino deverão organizar
reuniões com pais ou responsáveis até o dia 31 de julho para discutir o novo
modelo. A opinião das comunidades escolares deve ser registrada entre os dias
1º e 15 de agosto, por meio da SED (Secretaria Escolar Digital).
Outras duas rodadas de consulta estão previstas para
unidades que não atingirem a quantidade de votos válidos: em 19 de agosto, as
escolas devem informar sobre quórum insuficiente e a segunda consulta acontece
pela SED entre 20 a 22 de agosto e, em 26 de agosto, as escolas avisam sobre a
necessidade de uma terceira rodada, que deve ocorrer entre 27 e 29 de agosto,
também pela SED.
A expectativa da secretaria é iniciar o projeto em 2025 com 45 unidades educacionais da rede, permitindo um acompanhamento detalhado da implantação do modelo e a avaliação da possibilidade de ampliação nos próximos anos. As 45 escolas selecionadas para integrar o programa serão conhecidas até o final de agosto. O período coincide com a primeira etapa do processo de matrículas e transferências na rede estadual de ensino. Até o início de setembro, estudantes poderão registrar intenção de transferência para essas unidades ou para outras escolas da rede.
As escolas que adotarem o modelo cívico-militar seguirão o Currículo Paulista, organizado pela Secretaria da Educação. A pasta também será responsável pelo processo de seleção dos monitores e pela formação dos professores das unidades. Caberá à Secretaria da Segurança Pública apoiar a Secretaria da Educação no processo seletivo e emitir declarações com informações sobre o comportamento e sobre processos criminais ou administrativos, concluídos ou não, em que os candidatos a atuar como monitores nessas unidades de ensino possam estar envolvidos.
O investimento nas escolas cívico-militares será o mesmo já
previsto nas unidades regulares. O gasto com a contratação dos monitores, já
considerando a expectativa final de 100 escolas cívico-militares, será de R$
7,2 milhões.
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