Colunas
Andressa Martins é proprietária e fundadora do escritório Andressa Martins Advocacia, em Sumaré

Coluna Tribuna Legal – Por Andressa Martins*

Fibromialgia passa a ser reconhecida como deficiência: entenda o que muda

O Senado Federal aprovou recentemente o Projeto de Lei nº 3.010/2019, que representa um avanço importante na garantia de direitos para pessoas que convivem com fibromialgia, fadiga crônica, síndrome de dor regional complexa e condições similares.

Aprovado por unanimidade em votação simbólica no Plenário, o texto segue agora para sanção presidencial.

QUAIS DIREITOS PASSAM A VALER PARA QUEM TEM FIBROMIALGIA?

Com a nova legislação, pacientes diagnosticados com essas síndromes poderão ser legalmente reconhecidos como pessoas com deficiência.

Isso significa acesso ampliado a uma série de políticas públicas, como:

- Atendimento prioritário em repartições públicas e privadas;

- Possibilidade de isenções fiscais;

- Inclusão em programas de reabilitação física e psicossocial;

- Benefícios na área educacional, laboral e de assistência social.

Do ponto de vista previdenciário e assistencial, o reconhecimento pode abrir caminho para o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), desde que os critérios de renda e impedimento de longo prazo sejam comprovados.

RECONHECIMENTO DEPENDERÁ DE AVALIAÇÃO INDIVIDUALIZADA

Importante destacar que o enquadramento como pessoa com deficiência não será automático.

A nova regra determina que cada caso passe por uma avaliação específica, feita por equipe multiprofissional — incluindo médicos, psicólogos e assistentes sociais — com base em critérios biopsicossociais.

Essa abordagem busca assegurar um diagnóstico mais justo e condizente com a realidade de cada paciente, reconhecendo que os sintomas e impactos da fibromialgia variam de pessoa para pessoa.

SUS TERÁ PAPEL REFORÇADO NO ATENDIMENTO E CONSCIENTIZAÇÃO

O texto do projeto também atribui ao Sistema Único de Saúde (SUS) a responsabilidade por intensificar ações voltadas ao diagnóstico precoce, tratamento adequado e reabilitação dos pacientes.

Estão previstas ainda campanhas de conscientização e capacitação de profissionais da saúde para lidar com essas condições de maneira mais humanizada e eficiente.

E AGORA? O QUE ESPERAR?

Com a aprovação no Senado, o próximo passo é a análise e possível sanção presidencial. Caso seja sancionada, a lei entra em vigor, representando uma conquista significativa para milhões de brasileiros que enfrentam diariamente os desafios dessas síndromes invisíveis.

Continue nos acompanhando semanalmente para se manter informado sobre seus direitos previdenciários e sociais. Informação é proteção! Um excelente domingo a todos!

*Andressa Martins é proprietária e fundadora do escritório Andressa Martins Advocacia, em Sumaré/SP. Graduada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica - PUC de Campinas, desde 2006, atua como advogada há mais de 17 anos. Atualmente é Vice-presidente da Comissão de Seguridade Social pela OAB Sumaré.

andressa@andressamartins.adv.br 

@andressamartinsadvocacia

End.: Rua Ipiranga, 234, Centro, Sumaré / SP

Fone (19) 3873-5839 / 99177-2504

Deixe um comentário